Cultura

“Plágios? Estou a ser estúpido ou não estou a perceber esta merd*”, diz Rui Veloso

Rui Veloso é uma das vozes mais carismáticas da música portuguesa e comentou um dos temas que mais tem marcado o panorama luso das canções, nos últimos tempos – os plágios, deixando clara uma certeza: “Nunca tirei músicas aos outros”, argumentou, deixando um duro ataque à Sociedade Portuguesa de Autores e a Tozé Brito pelas justificações dadas nas situações de plágio. “Será que eu estou a ser estúpido ou não estou a perceber esta merd*?”, disparou. Veja o vídeo.

“Não, não. Mas é uma coisa que pessoas como eu vivem. Eu vive sempre um bocadinho com isso de fazer uma canção e achar que ela já pudesse existir. Isto é muito simples na música popular. Como o Diogo [Piçarra] admitiu, muito de homem, foi homem e subiu muito na minha consideração. ‘Pronto isto é realmente muito parecido, faço outra’. É assim, mais nada”, explicou Rui Veloso.

O cantor concorda que nos dias atuais é “mais fácil” detetar eventuais plágios do que era antigamente.

“Há uns anos os plágios era mais fáceis”, referiu Rui Veloso, garantindo que “nunca” tirou músicas dos outros.

“É um método um bocado esquisito mas, provavelmente, que eu faço a música como faço”, salienta.

“O Piçarra teve azar e fez uma coisa parecida”

Sobre a polémica do Festival da Canção com Diogo Piçarra, Rui Veloso é direto: “É igual, é igual. O Piçarra teve azar e fez uma coisa parecida. Um grande pedaço é igual ao que fizeram aos 30 anos. É claro que é plágio mas é um plágio involuntário.”

Rui Veloso mostrou-se ainda indignado com a atitude de Tozé Brito e elementos da Sociedade Portuguesa de Autores.

“O Tozé Brito representa a sociedade de autores e é suposto defender os autores e os compositores. Já na altura do Tony Carreira, independentemente daquilo ser ou deixar de ser plágio, eu vi o Tozé Brito e um representante da SPA na televisão praticamente a defender o plagiador com argumentos inacreditáveis. Dizem que ‘só há plágio quando uma obra não tem identidade própria’. Helloooo quando uma obra não tem identidade própria? Isto é uma coisa muito profunda. Será que eu estou a ser estúpido ou não estou a perceber esta coisa, esta merd* que se está a passar aqui”, referiu, enquanto pegava no telemóvel para recordar as palavras dos responsáveis da SPA.

“Ó Tozé Brito, ó Tozé Brito, então tu não sabes que há ‘praí’ tanto plágio e o pessoal não fez queixa? Sabes. O Tozé também sabe. Não vamos entrar por aí…”, sustentou, mostrando-se desagradado que a SPA só atue quando há uma queixa.

“É uma coisa do caraças. São eles que nos defendem a nós”, disparou Rui Veloso dizendo que tem “muitas dúvidas” de que a SPA “cobre direitos bem e distribua bem”.

 

Veja o vídeo:

Rui Veloso admitiu também no programa ‘Maluco Beleza’ de Rui Unas que na juventude chegou a fazer, por brincadeira, um filme do ‘Chico Fininho’, com a malta com quem “fumava umas ganzas” e com quem se divertia a falar do ‘freak da cantareira’.

O cantor, entre sorrisos, recorda que o filme foi feito com Vítor Norte e a malta com quem “fumava unas ganzas”.

“Fizemos com o Vítor, que não é do Porto, logo um erro à partida. O Vítor ainda era muito novo, foi em 1980. Aqui basicamente, foi com amigos meus com quem fumava as ganzas. Ninguém era ator (…) não tinha guião era freestyle. Nem percebo a história daquilo a preto e branco”, confessou Rui Veloso.

Aliás, está previsto para 2019 que possa sair uma versão mais atual cinematográfica da personagem que ‘conhece os flipados todos de gingeira’.

Veja o vídeo:

Quanto ao facto de não lançar músicas novas, o cantor salienta que se sente grato por “ainda hoje as pessoas ouvirem” os seus sucessos.

“O pessoal dos jornais, esses gajos críticos todos, essas merd** todas que andam para aí a dizer ‘o gajo não faz nada novo’. Se eu não cantar as músicas antigas quem é que as vai cantar?”

Rui Veloso assume que, às vezes, de tantas canções que já tem, nem sabe o que cantar.

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