Entre um técnico e 26 jogadores, ninguém foi despedido: foi Paulo Fonseca quem deixou o FC Porto. “Contra a vontade”, assume o treinador, Pinto da Costa “acabou por aceitar” o pedido. “Como o ambiente estava pesado, achei que a saída pudesse trazer coisas positivas”, sustenta.
Paulo Fonseca abriu ontem o livro sobre a saída do FC Porto. Uma saída e não um despedimento, como fez questão de frisar, durante a entrevista no programa ‘5 para a meia noite’.
“O dia da saída não foi um dia feliz, apesar de ser o dia de aniversário. Tem sido dito muitas vezes que fui despedido e não foi o que aconteceu. Solicitei ao presidente a minha saída mas ele recusou sempre”, garantiu.
O treinador explicou melhor como tudo se passou: “naquele dia, e contra a vontade do próprio, acabou mesmo por aceitar. Pinto da Costa tentou dissuadir-me, mas, para bem da equipa e como o ambiente esteva pesado, achei que a saída pudesse trazer coisas positivas ao grupo”.
Apesar de não ter terminado a época, o técnico considerou a experiência “muito positiva”, argumentando: “hoje não recusaria novamente o convite, tal como não o fiz antes. Ninguém diria que não perante um convite daqueles”.
O treinador não foi despedido, mas acabou por sair. “Não se pode despedir 25 ou 26 jogadores”, comentou Paulo Fonseca, sendo de imediato confrontado se, caso pudesse, teria mandado alguém embora: “não, eram todos bons rapazes”.
Sobre os colegas de profissão, deixou elogios ao sucessor, Luís Castro, que “fez tudo o que estava ao seu alcance alcance para mudar o sentido das coisas”, e a Jorge Jesus, que orientou o Benfica rumo ao título nacional.
“Sou um grande admirador de Arsène Wenger. Em Portugal tenho admiração por Jorge Jesus, por ter trabalhado com ele e por saber como ele é enquanto pessoa”, admitiu.