Pinho e Parlamento deram “um espectáculo absolutamente deplorável”, diz Ferreira Leite

Manuela Ferreira Leite criticou duramente o Parlamento por não questionar Manuel Pinho sobre os alegados pagamentos do BES enquanto era ministro. “Foi um espectáculo absolutamente deplorável”.

No comentário semanal para a TVI24, a ex-presidente do PSD apontou também o dedo a Manuel Pinho por fugir às questões que mais necessitavam de resposta.

“A questão que se punha com o ex-ministro era o facto de ele, no seu mandato, ter recebido mensalmente uma quantia paga pelo BES. Essa foi a notícia. Foi esse o caso que politicamente fragilizava o Governo, que já tinha no currículo vários casos”, recordou.

Neste ponto, a comentadora responsabilizou PS e BE por “misturarem tudo” numa comissão parlamentar “em que faziam apreciação de toda a política energética”.

Outro assunto ‘quente’ para o ex-ministro, o caso das excessivas rendas da EDP, acabou assim misturado com os alegados pagamentos do BES, permitindo a Pinho ‘escolher’ as respostas que mais lhe convinha dar, continuou Ferreira Leite.

“Disse na altura que a audição de Manuel Pinho seria muito rápida porque tinha apenas uma pergunta”, se recebeu do BES enquanto era ministro, “e uma resposta: sim ou não”.

“Ao embrulharem esse pequeno pormenor no conjunto em causa, partindo da hipótese que esse recebimento tinha tido implicações na política que ele tinha seguido, aqui-d’el-rei que vamos ver a política toda antes de fazerem apenas a pequenina pergunta, que apenas lhe dizia respeito a ele e não com aspetos técnicos que têm a ver com a energia”, explicou.

O que era suposto ser uma audição para um ex-ministro se explicar sobre uma situação polémica acabou por se transformar em “um espectáculo absolutamente deplorável”.

“Lamento que tenha havido um ex-ministro que se esteve a rir dos deputados e eles prestaram-se a fazer esse favor ao Governo, ao não se importarem de fazer parte de uma comissão cujo objetivo era a política energética e onde por acaso estava lá aquele aspeto que podia ser autonomizado”, salientou Manuela Ferreira Leite.

E Manuel Pinho lá ‘escapou’ do Parlamento sem responder à questão essencial: “Não respondeu porque estava a coberto de um tema para o qual tinha sido convocado e que na perspetiva dele não tinha nada a ver com o assunto”.

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