O crescimento económico português no segundo trimestre do ano “ocorre num contexto de equilíbrio das contas externas e de gestão orçamental responsável”, que são o “melhor garante” de resiliência face a eventuais problemas, defendeu hoje o Ministério das Finanças.
No segundo trimestre, a economia portuguesa cresceu 2,3 por cento em termos homólogos e 0,5 por cento em cadeia, acelerando face ao trimestre anterior, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O aumento do Produto Interno Bruto (PIB) português foi superior ao crescimento das economias da zona euro e da União Europeia, que avançaram, em ambos os casos, 2,2 por cento em termos homólogos e 0,4 por cento em cadeia.
Num comunicado enviado hoje, o Ministério das Finanças salienta que, com estes dados, “se prossegue a tendência de convergência” com a União Europeia.
“O padrão de crescimento face ao período homólogo continuou marcado por uma forte dinâmica de criação de emprego (aumento de 2,4 por cento, com 114 mil novos empregos) e de redução do desemprego (redução de 2,1 pontos percentuais, menos 110 mil desempregados). Realça-se também os contributos importantes do investimento e das exportações (10,5 por cento)”, destaca o ministério tutelado por Mário Centeno.
Para o Ministério das Finanças, “este crescimento ocorre num contexto de equilíbrio das contas externas e de gestão orçamental responsável. Esta mudança estrutural, apoiada por condições de financiamento mais estáveis, é o melhor garante de resiliência face a eventuais flutuações externas bem como da provisão sustentável de serviços públicos, não apenas no presente, mas também no futuro”.
Por sua vez, o Ministério da Economia destaca que o crescimento homólogo de 2,3 por cento no segundo trimestre é o “oitavo crescimento trimestral homólogo consecutivo acima de 2 por cento”, afirmando que “é preciso recuar aos anos de 1999 e 2000 para encontrar uma situação igual”.
O ministério tutelado por Caldeira Cabral refere que o crescimento “está alicerçado no aumento da procura interna, mas também da procura externa”, apontando que a procura interna “manteve uma dinâmica de crescimento, apoiada no investimento e no consumo privado”.
Ao mesmo tempo, o Ministério da Economia destaca que “as exportações de mercadorias cresceram 10,5 por cento no segundo trimestre, um ritmo mais elevado que o das importações”.
“A indústria automóvel aumentou as suas exportações em 38 por cento, o que representa mais 940 milhões de euros do que o mesmo período do ano anterior. A indústria aeronáutica registou um crescimento de 18 por cento. As exportações de serviços cresceram 7,7 por cento até agora. O setor do turismo cresceu 14 por cento, o que representa mais 650 milhões de euros que o mesmo período do ano anterior. Os serviços de transporte cresceram 8,5 por cento e os serviços de telecomunicações e informática cresceram 14 por cento”, salienta.
Os dois ministérios afirmam que o crescimento está em linha com o previsto no Orçamento do Estado de 2018, que antecipava um aumento do PIB de 2,2 por cento no conjunto deste ano.
O Governo reviu em alta essa estimativa no Programa de Estabilidade, divulgado em abril, esperando agora que o PIB português cresça 2,3 por cento no conjunto do ano.
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