Nas Notícias

Philae mostra que o cometa 67P contém moléculas orgânicas e é duro como gelo

philae O robô Philae, que a sonda Rosetta deixou há uma semana no cometa 67P, recolheu amostras de moléculas orgânicas, que estão a ser analisadas. Segundo a Agência Espacial Europeia, o cometa é rígido como gelo, o que tem dificultado a perfuração da superfície.

O robô-laboratório Philae já tinha enviado imagens do cometa 67P Churyumov-Gerasimenko, depois de, na quarta-feira, a sonda Rosetta ter concluído a aproximação ao corpo celeste. Hoje, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla internacional) revelou que há mais dados…

De acordo com os cientistas da ESA, as amostras recolhidas pelo robô comprovam que existem moléculas orgânicas no 67P.

Há que aguardar pelas análises para saber o que são essas moléculas.

O robô tentou ainda perfurar a superfície, mas a dureza do solo impediu o Mupus (o nome que a ESA deu ao sensor, um dos dez instrumentos acoplados) de ‘martelar’ a superfície, o que levou os cientistas a concluir que o cometa é rígido como gelo.

“Embora tenha aumentado gradualmente a potência do martelo, não conseguimos dirigir à profundidade do solo”, admitiu o professor Tilman Spohn, do Instituto de Pesquisas Planetárias da Agência Espacial Alemã, citado pela EFE.

Segundo o especialista, só a broca SD2 (o último dos dez instrumentos activados) conseguiu recolher amostras no solo, nas quais se encontram as referidas moléculas orgânicas.

Todos estes dados foram recolhidos durante as 60 horas de trabalho do Philae, que acabou por ‘adormecer’ dada a falta de energia solar, indispensável para recarregar as baterias.

A cada intervalo de comunicação, o robô enviou a informação recolhida para a Rosetta, que vai acompanhar o 67P durante o próximo ano até à derradeira aproximação ao sol.

De acordo com a ESA, a sonda recolherá 80 por cento dos dados, cabendo os restantes 20 por cento ao Philae.

A agência adiantou ainda que a rigidez do solo foi a responsável pela ‘aterragem’ acidentada do Philae, que ‘pinchou’ várias vezes, ao longo de duas horas, até parar a cerca de um quilómetro de distância do local do primeiro impacto.

Em destaque

Subir