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PEV defende que aumento do desemprego deve-se a “conformismo” do Governo

heloisa_apoloniaOs ecologistas lamentam o aumento do desemprego e acusam o Governo de assistir “impávido e sereno” aos números do Eurostat, que apontam sucessivos agravamentos da taxas de desemprego. Segundo o PEV, “15 por cento é uma meta demasiado alta para que nada seja feito urgentemente”.

O Partido Ecologista ‘Os Verdes’ (PEV) reagiu novos dados do desemprego em Portugal – relativamente a fevereiro, divulgados hoje pelo Eurostat – e manifestam a sua “mais profunda preocupação pela forma como o desemprego galopa”.

O número de desempregados continua a crescer, sendo que em fevereiro a taxa de desemprego atingia os 15 por cento, o que coloca Portugal no pódio dos países com mais pessoas sem emprego, na União Europeia (UE). Só Espanha (com 23,6) e Grécia (21 por cento) têm piores registos do que Portugal.

Para os ecologistas, 15 por cento “é uma fasquia demasiadamente alta para que nada seja feito” pelo Governo, para contrariar “urgentemente” esta tendência. “E não basta o primeiro-ministro afirmar na Assembleia da República que, ‘infelizmente’, o desemprego vai crescer, como se assistisse impávido e sereno a essa realidade, conformado com a mesma”, defendem ‘Os Verdes’.

Os ecologistas acusam o Governo de “criar políticas de liquidação de emprego” e avisam que a tendência será agravada, com o facto de o executivo de Passos Coelho se “preparar para pôr na rua mais 10 mil docentes”.

“Portugal deve rejeitar estes conformismos e entender como primeira frente de batalha o combate ao crescimento do desemprego, com dinamização da atividade produtiva e com políticas públicas geradoras de emprego”, alertam.

O Partido Socialista reagiu a estes números. De acordo com Miguel Laranjeiro, o PS “avisou que este cenário se iria colocar”. O deputado aponta o Governo de Passos Coelho como culpado da “chaga social mais grave”.

“Este desemprego recorde de 15 por cento não é surpresa para o PS, que avisou que esta realidade se iria verificar. É um efeito das políticas de austeridade, recessivas, que geram aumentos de taxas de desemprego”, sublinha o deputado.

Estes números de fevereiro do Eurostat, gabinete de estatísticas da UE, apontam ainda um crescimento no desemprego na população jovem, cuja taxa é agora de 35,4 por cento, mais 0,3 pontos do que em janeiro.

Os dados do Eurostat relativamente à Zona Euro apontam 10,8 por cento de desempregados, o que representa uma tendência de manutenção do número de cidadãos sem emprego. Num olhar aos 27 países que compõem a UE, há um ligeiro crescimento de 0,1 por cento.

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