A ‘armada’ Peugeot está a postos para o Rali Dakar 2017, onde procura reeditar o êxito da edição do ano passado, com os quatro 2008 DKR a ser as ‘armas’ em quem Stéphane Peternhasl, Carlos Sainz, Cyril Despres e Sebastien Loeb confiam.
Trata-se da terceira aventura da marca de Sochaux no continente sul americano, e também aquela onde volta a apostar da filosofia das duas rodas motrizes para bater a forte concorrência da Toyota e da X-Raid (Mini).
Os 2008 DKR têm um motor mais evoluído que os seus antecessores 3008 DKR, e uma aerodinâmica mais apurada, permitindo agora que os pilotos usufruam de mais conforto, por via do ar condicionado a bordo.
“O nosso shakedown permitiu-nos afinar os últimos detalhes e terminar a preparação dos nossos carros e das peças de substituição. Foi ainda uma boa oportunidade para os nossos pilotos encontrarem as suas referências antes do arranque da prova”, observa Bruno Famin.
Para o diretor da equipa Peugeot o único motivo de preocupação é motivado pelas “alterações do regulamento ao nível do equilíbrio da performance que afetam os motores turbodiesel e a gasolina. Esta equipa também conta com três fortes duplas de pilotos, o que promete uma competição mais acirrada do que nunca, num evento suscetível de ser altamente complexo, como resultado de modificações nas regras da navegação”.
Stéphane Peterhansel é a voz da confiança na equipa do leão: “Acho que trabalhámos bem ao longo do ano e acumulámos o máximo de informação possível a nosso favor, em todas as frentes, humanas e técnicas. Esta prova nunca é simples, claro, mas não me sinto sob qualquer pressão em particular”.
O campeão do Dakar assume que o seu objetivo é divertir-se aos comandos do novo Peugeot, sabendo que a prova ser tornou mais num “sprint nas pistas do que uma verdadeira maratona no deserto”.
“Estou curioso para ver qual será o efeito de passar tanto tempo a alta altitude na Bolívia, algo que vai ser novo para todos. Ter ar condicionado a bordo será um bónus. Esteve muito quente e húmido durante o nosso shakedown, mas o sistema cumpriu o seu papel na perfeição. É ótimo contar com ele, em termos de conforto e de performance”, refere ainda.
Carlos Sainz considera que o 2008 DKR tem uma boa velocidade de ponta e que “parece ser mais fiável do que o carro do ano passado e talvez até um pouco mais rápido apesar do restritor de ar do motor, que tivemos de adotar para estar em conformidade com os regulamentos”.
“É difícil ter uma opinião sobre o percurso, já que, de momento, só temos uma visão global. Temos de ser pacientes, porque nunca se sabe realmente o que o Dakar nos esconde. Todos parecem achar que as etapas serão difíceis e a minha experiência diz-me para ser cauteloso”, remata o espanhol.
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