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Petrolífera angolana Sonangol precisa de mais de 1.300 milhões de euros até final do ano

A Sonangol precisa de endividar-se em 3.600 milhões de dólares (3.160 milhões de euros) até 2020, dos quais 1.500 milhões de dólares (1.316 milhões de euros) já até dezembro, segundo dados divulgados hoje petrolífera estatal angolana.

De acordo com uma apresentação disponibilizada hoje, com o balanço de atividades e perspetivas da petrolífera, este montante visa garantir as operações da Sonangol em curso e novos investimentos na área da produção de petróleo e derivados.

Destas necessidades de financiamento, 1.000 milhões de dólares (877 milhões de euros) terão de ser garantidos até junho de 2019 e 1.100 milhões de dólares (965 milhões de euros) até 2020, elevando o pico do custo do serviço da dívida da Sonangol (incluindo este novo endividamento a realizar a três anos) a 1.947 milhões de dólares (1.708 milhões de euros) em 2020.

Atualmente, a dívida total da Sonangol, segundo o mesmo documento, ronda os 3.745 milhões de dólares (3.287 milhões de euros), depois de ter atingido um pico de 9.909 milhões de dólares (8.695 milhões de euros) em 2016, ano em que Isabel dos Santos assumiu o cargo de presidente do conselho de administração, nomeada para a petrolífera pelo pai e na altura chefe de Estado, José Eduardo dos Santos.

Para este ano, a administração liderada desde novembro de 2017 por Carlos Saturnino aponta para um serviço da dívida que vai custar 1.510 milhões de dólares (1.325 milhões de euros) à petrolífera estatal angolana, que sobe para 1.827 milhões de dólares (1.603 milhões de euros) em 2019.

Apenas em 2023 o serviço da dívida da Sonangol ficará abaixo do patamar anual dos 1.000 milhões de dólares, cifrando-se, ainda assim, nos 993 milhões de dólares (871 milhões de euros).

Na lista dos investimentos da Sonangol está a exploração de recursos adicionais a campos petrolíferos já existentes e o desenvolvimento de campos marginais, o aumento das atividades prévias à prospeção, como o aumento dos levantamentos da atividade sísmica, para 18.900 quilómetros nos próximos três anos, nomeadamente na bacia do Namibe, sul do país, uma nova área a explorar para a produção de crude.

Também está prevista a perfuração de 11 novos poços de pesquisa e quatro de avaliação, nos próximos três anos, entre outras operações que visam travar a quebra na produção de petróleo e das reservas angolanas, provocada nomeadamente pelo declínio dos campos ativos.

Acrescem os investimentos para a construção das novas refinarias em Cabinda e Lobito (província de Benguela) e os trabalhos de modernização a realizar em parceria com a petrolífera italiana ENI na refinaria de Luanda, e para aproveitamento das reservas de gás natural do país.

Em 2018, a petrolífera estatal estima que Angola produzirá uma média de 1,524 milhões de barris de crude por dia, dos quais 225 mil barris diários garantidos pela própria Sonangol. Essa previsão melhora para 1,572 milhões de barris por dia (260 mil da Sonangol) em 2019 e chega aos 1,577 milhões de barris (289 mil da Sonangol) por dia em 2020, antes de registar uma quebra no ano seguinte, para 1,567 milhões de barris (mantendo-se a Sonangol nos 289 mil barris).

A produção petrolífera angolana só deverá disparar a partir de 2023, chegando aos 1,655 milhões de barris por dia, dos quais 304 mil garantidos pela própria Sonangol.

Lusa

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