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Petróleo vai deixar de ser o principal motor do crescimento de Angola – IHS Markit

A consultora IHS Markit considera que o setor do petróleo não vai conseguir continuar a ser o principal motor do crescimento económico de Angola a longo prazo, devido à descida dos níveis médios de produção.

“A IHS Markit assume que os níveis gerais de produção de petróleo não devem chegar ao objetivo de dois milhões de barris diários que o Governo tinha; ao invés, assumimos que a produção de petróleo em Angola vai continuar relativamente estagnada à volta dos 1,5 milhões de barris no longo prazo, desde que alguns programas de expansão da capacidade petrolífera sejam implementados”, escrevem os analistas numa nota onde olham para a economia de Angola a longo prazo.

“Os preços mais baixos do petróleo têm empurrado as companhias petrolíferas para adiarem ou mesmo cancelarem os seus planos de exploração de investimentos nas águas ultraprofundas de Angola, e por isso o Governo, em resposta, ofereceu inventivos fiscais e operacionais para manter a viabilidade dos projetos e proteger a futura produção de petróleo e gás”, dizem os analistas na nota a que a Lusa teve acesso.

As companhias petrolíferas têm, nos últimos meses, feito um conjunto de anúncios de novas apostas em Angola, não só na área do petróleo, mas também no gás, na sequência da alteração das condições económicas, políticas e fiscais de operação no país, mas o Governo mantém a aposta na diversificação económica para evitar a dependência a este setor e a exposição às vulnerabilidades internacionais.

“A diversificação económica continuar necessária para alargar o potencial de crescimento económico, a tributação nacional e o perfil de receita fiscal em moeda estrangeira”, apontam os analistas, lembrando que o Plano Nacional de Desenvolvimento prevê uma quebra do Produto Interno Bruto petrolífero de 1,8 por cento entre 2018 e 2022 e um crescimento da economia na ordem dos 3 por cento, ao passo que o setor não petrolífero deverá registar um crescimento médio de 5,1 por cento nestes anos, puxado pelas expansões de 9,8 por cento da agricultura, 6 por cento da manufatura e 3,8 por cento na construção.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaAngola

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