Petição sobre o peso das mochilas escolares quer debate no Parlamento

A preocupação dos pais e educadores em relação ao excesso de carga nas mochilas escolares dos alunos portugueses fez com que surgisse uma petição para que sejam tomadas medidas, com o objetivo de ser debatida na Assembleia da República.

É pretendido que todos estejam cientes deste problema e das implicações que o mesmo pode ter no futuro dos jovens do país.

A petição já foi assinada pelo ator José Wallenstein, a jornalista Cláudia Pinto, e pelas sociedades de Medicina Física e de Reabilitação, de Neuropediatria, Ortopedia e Traumatologia e da Patologia da Coluna Vertebral.

O documento sustenta que esta é “uma realidade que preocupa pais de todo o mundo”, relembrando um estudo realizado há 13 anos que concluía que mais de metade das crianças dos 5.º e 6.º anos de escolaridade transportava carga em excesso nas mochilas.

“É consensual entre os especialistas de todo o mundo que as mochilas escolares não devem ultrapassar 10 por cento do peso de quem as transporta. E porquê? Porque as crianças que transportam regularmente peso excessivo às costas são as que têm mais probabilidade de desenvolver deformações ao nível dos ossos e dos músculos. Quanto mais pesada for a mochila, maior probabilidade de problemas de saúde terá”, pode ler-se na petição, que já foi assinada por mais de 15 mil pessoas.

A petição ainda defende que esta questão de ser uma “área de investimento, para garantir que as crianças de hoje sejam os adultos/profissionais de amanhã e contribuam para a sustentabilidade económica do país”.

É então pedida a intervenção da Assembleia da República para que implemente regras, tais como o peso das mochilas escolares não ultrapassar os 10 por cento do peso corporal das crianças, a obrigatoriedade das escolas pesarem as mochilas das crianças semanalmente, disponibilização de cacifos nas escolas para que todos os alunos consigam deixar alguns livros e cadernos e exigir às editoras que utilizem papel de gramagem inferior.