Economia

“Pessoas de menores rendimentos são mais viciadas nas raspadinhas”, diz Francisco Assis

As raspadinhas não são propriamente um jogo novo mas têm vindo a angariar cada vez mais protagonismo entre os jogos de sorte e azar.

Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social (CES), teme que este ‘vício’ das raspadinhas possa levar a situações complicadas de resolver e por isso avança com um estudo para tentar sensibilizar o Governo a este respeito, até porque, diz, “o problema é mais grave do que se pensa”.

“O Governo deveria reponderar o lançamento de uma nova lotaria instantânea”, avisou Francisco Assis, querendo ter dados a respeito do impacto que a raspadinha poderá ter na sociedade.

Para Francisco Assis, a questão da raspadinha é “um problema social gravíssimo” e, por isso, a ideia de o Governo avançar com o lançamento de uma lotaria instantânea, cujo objetivo passar por financiar intervenções no património cultural, poderá levar a situações complicadas a nível financeiro entre a sociedade.

“Temo que lançar mais uma raspadinha, embora a intenção seja boa, (…) vá contribuir para agravar este problema de adição que autodestrói pessoas dos setores sociais mais desfavorecidos”, comentou Francisco Assis, ouvido pela Lusa.

Sustentando a ideia de avançar com o estudo por ter dados e alertas de especialistas, Francisco Assis destaca que a rapasdinha é um jogo que cativa pessoas com as carteiras ‘mais magras’.

“São as pessoas de menores rendimentos que são mais viciadas”, disse Assis, insistindo que não se pode encarar esta situação com leviandade.

“Trata-se de uma questão social, porque envolve as pessoas mais carenciadas, não é um problema menor”.

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