O caso do ‘par de bofetadas’ nasceu no Facebook, com João Soares a reagir mal a uma crítica de Augusto M. Seabra. E prossegue no Facebook, com dezenas de pessoas a insultar o ministro da Cultura. Num SMS enviado ao Expresso, o ministro foi irónico. “Peço desculpa se os assustei”, referindo-se a Seabra e a Vasco Pulido Valente, também visado no seu texto.

João Soares reagiu mal a uma crítica de Augusto M. Seabra, cronista do Público, e recuou a 1999, lembrando a altura em que prometeu “um par de bofetadas”. Num post no Facebook, o ministro da Cultura foi polémico.

“Estou a ver que tenho de o procurar, a ele e já agora ao Vasco Pulido Valente, para as salutares bofetadas”. Leia mais.

Se com ferros matou, com ferros morreu. Foi também no Facebook que se sentiu a mais dura reação. Não de diversos políticos que lamentaram as palavras escritas de João Soares, mas de anónimos que visitaram o perfil do ministro para proferir insultos.

As reações ao post de Soares vieram de diferentes quadrantes políticos – já fora da esfera do Facebook. O PSD pediu a demissão, o próprio Augusto M. Seabra considerou as palavras “inqualificáveis”.

À esquerda faz-se silêncio e o ministro da Cultura  reagiu à polémica que criou. Num SMS enviado ao Expresso, Soares escreveu que é “um homem pacífico”.

“Nunca bati em ninguém. Não reagi a opiniões, reagi a insultos. Peço desculpa se os assustei”, cita o Expresso.

O cenário de demissão não está em cima da mesa. Pelo menos por iniciativa do próprio. O primeiro-ministro, António Costa, será confrontado com este assunto.