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Pequim retalia e anuncia taxas a mais bens importados dos EUA

Pequim anunciou hoje a imposição de novas taxas alfandegárias a bens norte-americanos que representam 60 mil milhões de dólares (51 mil milhões de euros) de importações anuais na China, em resposta ao anúncio norte-americano no mesmo sentido.

“Se os Estados Unidos insistirem em aumentar ainda mais as suas taxas alfandegárias, a China responderá do mesmo modo”, adiantou o governo chinês num comunicado divulgado pelo Ministério das Finanças.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na segunda-feira novas taxas alfandegárias sobre um total de 200 mil milhões de dólares (171 mil milhões de euros) de importações oriundas da China, cerca de 40 por cento das importações vindas deste país.

O executivo de Pequim já tinha manifestado a sua perplexidade com as “novas incertezas” decorrentes do anúncio feito enquanto decorrem negociações entre a China e os Estados Unidos para regular o seu diferendo comercial.

Em junho passado, Trump impôs taxas de 25 por cento sobre 50 mil milhões de dólares (43 mil milhões de euros) e Pequim retaliou com impostos sobre o mesmo montante de bens importados dos Estados Unidos.

De acordo com o comunicado da Casa Branca, as novas taxas “começam a vigorar em 24 de setembro e serão de 10 por cento até ao final do ano. Em 01 de janeiro, as taxas serão elevadas para 25 por cento”.

“Se a China tomar medidas de represália contra os nossos agricultores ou outas indústrias, vamos aplicar imediatamente a Fase 3, isto é, taxas alfandegárias sobre cerca 267 mil milhões de dólares de importações suplementares”, adianta Trump no mesmo comunicado.

A guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta pode levar ao abrandamento da economia mundial, considerou hoje o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pela estabilidade financeira, Valdis Dombrovskis.

“Este tipo de conflitos comerciais é um risco para a economia global. Vemos que a disputa se está a desenvolver de forma preocupante, e julgamos que vai ter um impacto negativo”, afirmou Dombrovskis.

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