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Pepinos espanhóis: Bactéria E.coli ‘mata’ negócio de agricultores

Principais comerciantes de frutas e legumes espanhóis relatam quebras gigantescas na procura, depois do anúncio alemão segundo o qual os pepinos provenientes de Espanha eram portadores da bactéria E.coli. Agricultores estão desesperados e Governo vai acionar mecanismos de apoio junto da União Europeia. Alemanha reconhece erro.

O cenário negro deste setor, em Espanha, já foi pintado, apesar de os pepinos espanhóis terem sido ‘ilibados’ da morte de 16 pessoas, vítimas da bactéria E.coli. As autoridades alemãs já desmentiram que a razão dessas mortes estejam relacionadas com estes legumes.

“Desde quinta-feira até hoje, passamos de 1300 para 100 toneladas de colocação do produto no mercado”, relata ao El País Juan Planelles, diretor comercial da Agroiris, uma das cadeias comerciais frutícolas e hortícolas espanholas. A maioria dos funcionários dessa cadeia também foram dispensados, “de 750 para uma dezena”.

“Cerca de 20 camiões tiveram de regressar, depois de um cliente italiano ter cancelado uma encomenda de melão e melancia quando a viatura já estava em França. O mesmo aconteceu com quatro camiões que seguiam para a Alemanha e para a Áustria”, acrescenta.

O responsável pela pasta da Agricultura alemão, Robert Kloos, reconhece que “a Alemanha sabe que os pepinos não são a causa das mortes pelo vírus mortal de bactéria E.coli”, escreve o El País.

No entanto, o processo de reconhecimento oficial desta realidade está pendente de algumas averiguações, feitas de forma diferente em diversos países, o que vai afetar de forma brutal o negócio dos espanhóis e a própria economia, que vê as exportações diminuírem.

Outro efeito deste anúncio alemão é a queda do preço do pepino, que é vendido agora a um quarto do valor normal. Os agricultores espanhóis enfrentam graves dificuldades para enfrentar a queda no preço e na procura. Nesse sentido, o Governo espanhol vai tentar acionar mecanismos de apoio, junto da União Europeia.

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