Campanha ‘Atenção, Somos Todos Peões’ lança alerta para perigo escondido na travessia de uma rua. A Deco analisou 35 passagens, chumbou 26 e encontrou falhas muito graves em 11.
A primeira campanha dedicada à sinistralidade com peões nas passadeiras foi lançada no Porto, em resultado de uma iniciativa do Automóvel Clube de Portugal e das Câmaras Municipais do Porto e de Lisboa. Esta acção – que pretende sensibilizar automobilistas e peões para o perigo de uma travessia – permitiu tomar conhecimento de alguns números relacionados com um acto tão banal como perigoso. Cinco mil peões ficaram feridos, no ano passado, vítimas de travessias.
Mas há mais números preocupantes: a Deco analisou 35 passadeiras e apenas considerou nove seguras. Três em cada quatro passadeiras são perigosas e uma em cada três tem falhas muito graves. Entre apelos à consciência cívica de automobilistas (também eles peões) e ao cuidado por parte das pessoas que atravessam as vias, surgiram mais números.
“Entre os mortos em acidentes rodoviários, 18 por cento são peões. Desses, uma grande percentagem (40 por cento) morrem nas passadeiras”, realçou o ministro da Administração Interna, Rui Pereira. Metade das vítimas são pessoas com mais de 65 anos. O presidente do ACP, Carlos Barbosa, apela ao cuidado dos peões, que “muitas vezes acham-se no direito de se atirar para as passadeiras e atravessar de qualquer maneira”, quando, na verdade, “eles têm tanta responsabilidade como o automobilista, no respeito das regras dessa travessia”.
