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Penalização custa quinto lugar a Francisco Abreu

Francisco Abreu viu fugir a quinta posição conseguida na segunda corrida da sexta jornada do TCR Europa, que teve lugar no fim de semana em Monza, Itália.

O piloto do Peugeot 308 TCR da Sports & You, que competia uma semana depois de ter alinhado na prova do Campeonato de Portugal de Velocidade Turismos TCR em Braga, cometeu o feito de garantir a ‘pole position’, mas uma penalização resultante de uma situação de corrida acabou por lhe retirar o resultado em pista.

Apesar de ‘descobrir’ um traçado totalmente novo para si, Francisco Abreu mostrou-se competitivo desde o início, aproveitando o facto do seu Peugeot 308 TCR ser menos penalizado em termos de equilíbrio de desempenho (BoP). Ainda assim o carro francês alinhou com 40 quilos de lastro.

O desconhecimento da pista somado à maior experiência da mesma por parte de muitos adversários foram outros dois fatores a pesarem na prestação do piloto madeirense e terras transalpinas. Isso só valorizou a ‘pole’ obtida.

“Sair da ‘pole’ é, obviamente, sempre vantajoso. E tal como no sábado arranquei muito bem. Posso mesmo dizer que fiz um dos meus melhores arranques desta temporada. No entanto a pressão de um dos melhores atuais pilotos do TCR Europa foi constante, e dispondo de um carro com mais velocidade de ponta que o 308 TCR acabou por ultrapassar-me em reta, passando para o comando até final”, conta Francisco Abreu.

Depois deu-se a entrada do ‘safety car’, mas isso não jogou a nosso favor. Além disso, a partir daí a corrida tornou-se quase num ‘desporto de contacto’, com muita agressividade por parte de alguns pilotos, incluindo os que estavam mais próximos de mim. Além das abordagens e ataqques agressivos, houve pilotos que não hesitaram em partir para o contacto direto entre os carros, numa tentativa de forçar a sua progressão na corrida”, sublinha o piloto madeirense.

Apesar destes toques Francisco Abreu soube ‘aguentar-se’ em pista de ‘cabeça fria’. É preciso muita calma e frieza para aguentar este tipo de pressões. É certo que fazem parte das corridas de automóveis, mas devemos sempre impor limites a nós próprios e ter bom senso, mesmo na condução ao ataque. Nesse sentido a minha estratégia foi aguentar o mais possível, mantendo a atitude desportiva e a integridade física e mecânica do carro. A verdade é que resisti bem a todos os ataques e também ataquei sempre que possível. Também por isso consegui manter o 308 TCR praticamente intacto até ao fim”, refere o piloto português.

Apesar deste comportamento os comissários desportivos acharam por bem punir Francisco Abreu, que apesar de tudo considera ter tido um bom desempenho: “O meu objetivo era lutar por um lugar entre os dez primeiros, e foi exatamente isso consegui com o quinto lugar em pista. Os comissários decidiram penalizarem-me devido a uma situação de contacto perfeitamente normal, estando eu por dentro da curva e totalmente na minha trajetória”.

Seja como for, ter cumprido até final as duas corridas do programa é quase uma vitória, pois houve diversos rivais que não o conseguiram, precisamente devido à agressividade que se viveu em pista. A equipa, como sempre, foi incansável em tudo. Em Monza as atenções foram redobradas, pois tende a haver um desgaste mais acelerado geral do carro”, acrescenta o piloto madeirense, que vai para a sexta ronda da temporada no 17º lugar do campeonato.

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