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Pelo menos sete mortos e 150 desaparecidos em rutura de barragem no Brasil – Governo estadual

Pelo menos sete mortos foram confirmados após a rutura de uma barragem em Brumadinho, Minas Gerais, no Brasil, anunciou hoje o Governo do estado, referindo que existem cerca de 150 desaparecidos.

“Segundo informações confirmadas pelos bombeiros, sete corpos já foram localizados. Cerca de 150 pessoas estão ainda desaparecidas”, segundo o Governo do estado de Minas Gerais em comunicado.

Numa primeira informação, os bombeiros apontaram cerca de 200 desaparecidos, sem confirmar o número de vítimas mortais.

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, garantiu que o Governo vai “tomar todas as medidas ao seu alcance” para minimizar o sofrimento “dos familiares das possíveis vítimas” e também das questões ambientais.

O Governo já anunciou a criação de um gabinete de crise para ajudar os afetados e que envolve vários ministérios, estando vários meios no local a trabalhar.

A rutura de uma barragem em Brumadinho, município do Estado de Minas Gerais, gerida pelo grupo mineiro Vale, obrigou à ativação do plano de emergência.

Segundo a empresa mineira Vale, detentora da barragem que rebentou, a área administrativa da empresa foi atingida pela lama, contendo funcionários no seu interior.

O presidente do conselho de administração da Vale, Fabio Schartzman, afirmou que desconhece o que esteve na origem da rutura da barragem, referindo que cerca de 300 trabalhadores estavam no local quando aconteceu a tragédia.

O responsável afirmou que cerca de cem funcionários foram encontrados e que estão a decorrer os trabalhos para localizar os restantes.

“As principais vítimas foram os nossos trabalhadores”, disse, referindo que um restaurante foi destruído pela lama à hora de almoço.

Seis municípios emitiram um alerta para que população se mantenha longe do leito do Paraopeba, rio que atravessa parte do estado de Minas Gerais, receando a subida do nível das águas.

O parque de Inhotim, que conta com 14 hectares e é um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do país, teve de ser evacuado, levando à retirada de cerca de mil pessoas.

Há quase três anos, uma das barragens da empresa Samarco, controlada pelos acionistas Vale e BHP, rebentou na cidade de Mariana, no estado de Minas Gerais, originando uma torrente de lama que destruiu fauna, flora e construções ao longo de 650 quilómetros.

Este desastre causou 19 mortos, além de ter deixado desalojadas milhares de famílias.

Fabio Schartzman salientou que o caso de hoje é uma “tragédia humana maior do que aquela que ocorreu em Mariana”, mas explicou que os impactos ambientais devem ser menores.

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MBA) considerou que a rutura da barragem em Brumadinho era uma “tragédia anunciada”, referindo que já tinha efetuado diversos alertas.

A organização não-governamental salientou que, desde 2015, quando ocorreu uma tragédia semelhante na cidade de Mariana, também no estado de Minas Gerais, que tem vindo a alertar para os riscos na mina em que ocorreu o acidente na barragem e cuja ampliação foi aprovada apesar das advertências.

“Desde 2015 que inúmeras denúncias foram efetuadas sobre o risco de rompimento de barragens do complexo em Brumadinho, mas mesmo assim teve a sua ampliação aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental em dezembro passado”, afirmou a organização em comunicado.

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