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Pelo menos 26 mortos em ataque com mísseis contra posições militares sírias

Pelo menos 26 combatentes, na maioria iranianos, morreram na sequência dos mísseis disparados contra “posições militares” governamentais nas províncias de Hama e Alepo, na noite de domingo, anunciou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

“Pelo menos 26 combatentes morreram, incluindo quatro sírios e combatentes de nacionalidades estrangeiras, com uma esmagadora maioria de iranianos”, disse à agência noticiosa France Presse o diretor da organização não-governamental OSDH, Rami Abdel Rahman.

“Pela natureza dos alvos, é provavel tratar-se de um bombardeamento israelita”, considerou o responsável.

Também a agência oficial síria Sana tinha anunciado terem sido disparados, na noite de domingo, “mísseis inimigos” contra “posições militares” governamentais nas províncias de Hama e Alepo, sem identificar a origem do ataque.

“Um novo ataque com mísseis inimigos atingiu posições militares” naquelas duas províncias, no centro e norte da Síria, referiu a agência citando uma fonte militar.

À rádio militar de Israel, o ministro dos Transportes, Yisrael Katz, afirmou desconhecer a situação.

Israel e a Síria continuam oficialmente em guerra há décadas. As relações agravaram-se ainda mais com o apoio prestado ao regime sírio pelo movimento xiita libanês Hezbollah e pelo Irão, dois dos maiores inimigos de Israel.

No início do mês, o ministro da Defesa israelita, Avigdor Lieberman, advertiu que a aviação israelita destruirá os sistemas de defesa antiaérea da Síria se o exército do Presidente sírio, Bashar al-Assad, voltar a disparar mísseis contra aparelhos israelitas.

No passado dia 09 de abril, o Estado de Israel foi acusado pelo regime sírio e pelo Irão de realizar ataques mortais contra uma base militar no centro sírio.

Pelo menos 14 combatentes, incluindo sete iranianos, foram mortos no ataque à base militar de T4, na província central de Homs.

A guerra na Síria prolonga-se há sete anos, desde a repressão sangrenta de manifestações pró-democracia em março de 2011.

O conflito já causou a morte de 350.000 pessoas e provocou milhões de refugiados e deslocados.

Em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghouta Oriental, por parte do Governo de Al-Assad, no passado dia 14 os Estados Unidos, a França e o Reino Unido realizaram uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria.

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