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Pelo menos 14 pessoas foram mortas na RDC por ataques de homens armados

Pelo menos 14 pessoas foram mortas e 4 ficaram feridas no nordeste da República Democrata do Congo (RDC) em vários ataques de homens armados de acordo com fontes militares e organizações civis locais à Efe.

“São os milicianos da comunidade lendu (uma das etnias da região) da Codeco (Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo) que estão por detrás do massacre. Matam as pessoas e toda a gente sabe. Conseguimos correr com eles e agora procuram matar os mais vulneráveis em represália”, afirmou à agência espanhola de notícias o tenente e porta-voz das forças armadas congolesas na região, Jules Ngongo.

O ataque ocorreu na tarde desta quarta-feira na povoação de Dar, situada na província de Ituri, no nordeste da RDC.

A mesma fonte acrescentou que o exército se encontra bem distribuído no terreno e que os membros da milícia estão cercados, mas a população civil queixa-se do aumento deste tipo de ataques ao longo deste ano, e da impunidade de que gozam os seus autores.

“É incompreensível que os ataques continuem uma vez que as FARD (Forças Armadas da RDC) e os capacetes azuis da Monusco (missão das Nações Unidas no país) estão aqui”, declarou o secretário executivo da associação congolesa Justicia Plus, Shabani Awazi, que relacionou o massacre com a guerrilha Mai Mai.

“Denunciamos isto e interpelamos o chefe de Estado (Felix Tshisekedi), porque não é normal que os massacres continuem sem que os autores sejam importunados”, acrescentou.

O recente aumento dos ataques na província Ituri, com dezenas de mortos nos últimos meses, esteve na origem do deslocamento forçado de 300 mil pessoas, de acordo com estimativas do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).

As etnias hema (pastores) e lendu (agricultores) confrontam-se desde há anos pela posse de terras na região num conflito que remonta ao final da década de 90 do século passado e que originou várias ondas de deslocados em finais de 2017 e no início de 2018.

Ituri é uma das províncias afetadas pela epidemia de ébola na RDC, detetada em agosto de 2018, que provocou até agora 2.103 mortos e 3.150 pessoas infetadas até agora.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: RDCongo

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