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Pedro Sánchez empenhado na “reconstrução dos direitos e liberdades” em Espanha

O chefe do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, disse hoje, em Lisboa, que a reconstrução dos direitos e liberdades, o reforço da democracia e a dimensão europeia são as prioridades do seu Governo.

“Há muitos elementos para nos podermos entender, com a responsabilidade dos grupos parlamentares”, disse o líder do PSOE, numa alusão aos acordos que poderão ser efetuados com outras forças políticas, incluindo com o Unidos-Podemos “e em diversas áreas”.

António Costa recebeu hoje à tarde, em Lisboa, o seu homólogo espanhol, no quadro de uma ronda de contactos de Pedro Sánchez com vários líderes europeus para lhes transmitir que “Espanha volta a ter na Europa um papel ativo para construir uma União mais forte e solidária”.

Ao ser questionado sobre a situação dos presos políticos” na Catalunha, Sanchéz defendeu que, após a fase de instrução, as instituições penitenciárias deverão aplicar a legislação em vigor

“Cumprimos a legislação penitenciária, isso que fique claro. Após a fase de instrução, esses presos devem ser transferidos para junto dos seus familiares e estar perto dos seus advogados”.

Sánchez, que tomou posse a 02 de junho passado, e Costa também discutiram a realização da próxima cimeira bilateral entre Portugal e Espanha, que decorrerá no segundo semestre deste ano.

O primeiro-ministro espanhol realçou ainda o complexo processo que decorre no parlamento para a designação de uma nova administração da Radiotelevisão espanhola (RTE), com uma discussão decisiva na quarta-feira.

Sánchez disse que, neste cenário, “os dois elementos fundamentais são o consenso parlamentar e o acordo e apoio dos trabalhadores e trabalhadoras da RTE”.

Sublinhou ainda a necessidade de “garantir na votação de quarta-feira a representação democrática num serviço público fundamental como é a informação e garantir os objetivos de regeneração democrática”.

O primeiro-ministro destacou a coincidência de posições no Conselho Europeu de 28 e 29 de junho passado, pois “Portugal é um país que como Espanha olha para África”.

Também a necessidade de coordenação da união bancária e construção de um pilar fiscal que permita enfrentar as crises assimétricas foram outros aspetos sublinhados pelo chefe do Governo de Madrid e líder do PSOE.

A cimeira de 27 de julho em Lisboa sobre temas energéticos e as interconexões com o Governo francês e a União Europeia, que também estarão representados no encontro, foram ainda frisados por Sánchez, que insistiu na necessidade e na capacidade em “criar diálogo e consensos”.

O périplo pela Europa do novo chefe do Governo espanhol começou em Paris, num encontro com o Presidente Emmanuel Macron, a que se seguiu, na passada terça-feira, uma ida a Berlim, onde esteve com a chanceler alemã, Angela Merkel, e a Bruxelas, para o Conselho Europeu de quinta e sexta-feira passadas.

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