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Pedro Proença: “Protocolo do VAR é limitativo”

Pedro Proença está preocupado com os resultados do vídeoárbitro (VAR), pois “o protocolo é algo limitativo”. Há mudanças previstas para o próximo ano, até para defesa de uma tecnologia arrasada na sequência de “uma expectativa inicial muito elevada”.

Em 21 jornadas de Liga, houve 35 decisões revertidas pelo VAR. O balanço é “positivo”, diz o presidente da Liga, mas há alterações a serem feitas na próxima temporada.

“O protocolo já tem várias versões”, argumentou Pedro Proença, lembrando que o regulador internacional da arbitragem, o IFAB, anunciou para março “uma decisão final” sobre o protocolo a vigorar.

“As pessoas percebem que este próprio protocolo é algo limitativo, portanto temos a noção que passo a passo este protocolo terá de ser mais abrangente, não só nas quatro situações objetivas em que existe, mas podendo cobrir também outras circunstâncias”, afirmou.

O VAR tem de mudar para ganhar “mais amplitude”, de forma a que o valor da tecnologia seja ainda maior

“Mesmo percebendo que há uma margem de melhoria do próprio sistema, porque ainda nem um ano passou relativamente ao protocolo do IFAB, o primeiro balanço é positivo”, insistiu.

Pedro Proença reconhece, porém, que muita da ‘culpa’ pelas críticas ao VAR é da própria tecnologia, vítima de uma expectativa inicial “muito elevada”.

“O protocolo cingia-se a quatro situações objetivas, mas o que nós queremos é que a perceção mediática e aquilo que visualizamos nos conteúdos televisivos possa ser possibilitado a que os árbitros possam decidir em função daquilo que veem”, justificou.

A arbitragem tem de mudar, mas os outros agentes também, salientou ainda o presidente da Liga.

“Os próprios dirigentes têm de perceber que hoje os lances não são decididos da mesma forma, pelo que há uma aprendizagem coletiva que é necessária”, insistiu o ex-árbitro.

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