O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) admitiu hoje o interesse em recandidatar-se a novo mandato à frente da instituição que gere o futebol profissional em Portugal, considerando que “o trabalho está a meio”.
Em Leiria, onde participou na cerimónia que assinalou os 90 anos da associação de futebol local, Pedro Proença, perto de finalizar um mandato de quatro anos, deixou aberta a porta da recandidatura.
“O trabalho está a meio e há que dar continuidade ao que está feito. Estamos a ponderar se será melhor ou não para o futebol profissional que isso [a recandidatura] aconteça”, disse o atual presidente da Liga, lembrando que “o passivo foi equilibrado” e houve “um processo de reconstrução e requalificação” dos campeonatos.
A decisão final será revelada nos próximos dias, mas Pedro Proença frisa que será decisiva a vontade dos clubes.
“A Liga será sempre aquilo que os clubes quiserem. Não basta haver vontade dos corpos sociais. Se as vontades estiverem conjugadas e se existir um propósito e uma estratégia, continuaremos. Queremos que seja um movimento pacífico e agregador”, explicou.
Proença aproveitou também a ocasião para fazer um balanço dos campeonatos profissionais, que fecharam no domingo.
“Foram três competições extremamente intensas, em que tudo ficou decidido nas duas últimas jornadas. Foi isto que nos propusemos quando há quatro anos chegámos: a reabilitação de todo um novo paradigma do futebol profissional. A nossa reflexão é extremamente positiva”, frisou.
Admitindo estar já a preparar a próxima época, o presidente da Liga lembra a importância da introdução do vídeo-árbitro.
“Com o VAR, alterámos o paradigma dos últimos 70 anos na forma como os jogos eram arbitrados. É preciso dar tempo e espaço a esta nova geração. O futebol tem muita dificuldade em dar tempo a jogadores, treinadores, árbitros e dirigentes, mas é preciso ter a perspetiva do copo meio cheio. Agora é tempo de afinar a máquina”, sublinhou.
Também presente na cerimónia promovida pela Associação de Futebol de Leiria, o presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude, que gere o Estádio Nacional, onde FC Porto e Sporting decidem no sábado o vencedor da Taça de Portugal, garantiu a segurança do complexo.
“A questão da segurança no Estádio Nacional é um assunto recorrente, mas é um mito. É dos estádios mais seguros, pelo seu enquadramento e contexto. Tem uma capacidade de admissão de pessoas muito superior a outros estádios e, do ponto de vista da segurança, tem um conjunto de salvaguardas em torno do estádio que condicionam a saída dos adeptos. A Liga e a Federação fizeram a validação do estádio e não há nenhum problema”, garantiu.
Vítor Pataco lembrou que o estádio está a festejar 75 anos e que esse será mais um ingrediente da final da Taça de Portugal.
“Na final da Taça, há sempre algumas tensões antes, mas, como tem acontecido nos anos anteriores, vamos ter uma festa. Aquele estádio é especial, e vai ser uma festa bonita, em que serão evocados esses 75 anos”, anunciou.