Pedro Osório morreu em Lisboa, na tarde de ontem. O compositor e maestro, que nascera no Porto em 1939, não resistiu a um cancro. Dera entrada no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, na quarta-feira, mas em estado muito grave. Morre aos 72 anos, depois de uma viagem pela música, em Portugal e no mundo. O seu trabalho de 2011, ‘Cantos da Babilónia’, reúne etnias e os acumulou que colheu, ao longo de décadas.
Compositor e maestro, Pedro Osório deixa uma vasta obra no mundo da música, arte que sempre o apaixonou e que faz parte da sua formação – aquela paixão ‘obrigou-o’ a colocar de lado a engenharia mecânica.
Iniciou-se nos palcos em diversos bailes, nos anos 50. Ruma a Lisboa e tenta concluir o curso de engenharia, mas opta definitivamente pela música, de forma profissional. Fez parte de conjuntos de pop-rock, até que entra na área da orquestração e direção de orquestra.
Pedro Osório fez parte de diversos grupos musicais e participou no Festival da Eurovisão, em 1968, como autor de ‘verão’, de Carlos Mendes (mais tarde, como chefe de orquestra, voltou a participar neste concurso europeu, por mais do que uma vez).
Trabalhou com grandes nomes da música portuguesa: Paulo de Carvalho, Sérgio Godinho, Fernando Tordo, Carlos do Carmo, Carlos Paredes, Rui Veloso, Rita Guerra, Carlos Mendes, Herman José, Lúcia Moniz, Xutos & Pontapés, entre outros.
Pedro Osório foi distinguido, em 1994, com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, que premiou o seu trabalho no mundo da música, ao longo de décadas. Osório foi ainda diretor e autor de diversos trabalhos musicais.
‘Cantos da Babilónia’ foi o mais recente trabalho que Pedro Osório desenvolveu, no ano de 2011, num disco onde reuniu músicas étnicas do mundo. Morre a 5 de janeiro, no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, aos 72 anos, depois de uma luta persistente contra um cancro.
Nesta sexta-feira, dia 6 de janeiro, o seu corpo vai ser velado, na Sociedade Portuguesa de Autores, seguindo para o Porto, terra natal de Pedro Osório.