Motores

Pedro Bianchi Prata: “Dakar confirmou a confiança que depositaram em mim”

Pedro Bianchi Prata saiu da sua nona participação no Rali Dakar com a sensação do dever cumprido, e, sobretudo, satisfeito com o reconhecimento da equipa Honda, que o chamou para ajudar a equipa na mítica prova ‘rainha’ do todo-o.terreno mundial.

O piloto do Porto só soube que iria alinhar a uma semana do rali, mas teve apenas que pegar no seu equipamento e arrancar para a América do Sul, dado tratar-se de uma formação de fábrica.

“Só soube que ia disputar a prova, salvo erro, a 13 de Dezembro. Como se trata de uma equipa de fábrica só tive de preparar o meu equipamento e ir. Não conhecia sequer a moto. Nunca tinha andando com ela”, lembra Bianchi Prata.

Apesar de estar habituado a máquinas da Honda nunca tinha tripulado a nova CRF 450 Rally, pelo que isso foi uma descoberta, ainda que considere que a prova em si foi bastante idêntica a outros Dakar que disputou.

“Eles tentam sempre inovar, mudaram umas coisinhas, mas no essencial era qualquer coisa que já esperava. Mas isso não é o pior. O pior era alguns erros no ‘road book. Além disso não havia necessidade de tanto asfalto em duas das etapas’”, destaca.

A equipa em si não foi propriamente uma novidade para Pedro Bianchi Prata: “Já tinha trabalhado com eles em 2016, conhecia uma grande parte das pessoas, mas que não estavam nesta equipa da Honda, bem como alguns pilotos, para além, é claro, do Paulo (Gonçalves. Já conhecia bem o diretor Martin Bianchi”,

O piloto portuense está satisfeito com a sua atuação: “Fui para lá com uma missão, que era apoiar os pilotos de fábrica. Penso que fiz isso bem. Procurei acabar sempre as etapas, não arrisquei, mas é claro que a moto era potente e quando podia também andava depressa”.

Fisicamente Bianchi Prata sentiu-se bem, apesar de se tratar de uma prova longa com diversas etapas em altitude: “Não me preparei especificamente para o Dakar, pois não sabia que ia, mas procuro sempre manter-me em forma. Ando sempre na estrada com os pilotos da minha estrutura nacional, por isso não senti quaisquer dificuldades”.

A prova acabou por não ter o desfecho que a Honda desejava, e o piloto do Porto encontra algumas explicações para isso, e que não são do foro técnico. “Este devia ter sido o ano da Honda, porque era a mais forte e em condições normais teria sido uma dobradinha com o Joan Barreda Bort e o Paulo Gonçalves. Infelizmente o Dakar tem muita política, Penalizaram-nos por causa de um reabastecimento que fizemos num local que podia ter sido outro. Não era por aí que teríamos vantagem”, considera.

Pedro Bianchi Prata gostou da experiência e gostaria de repeti-la, admitindo que ficou uma ‘porta aberta’: “Gostei e estarei sempre disponível para outra chamada se me quiserem. Fico sobretudo satisfeito pelo reconhecimento de que a minha experiência é importante para eles”.

Em termos nacionais o piloto do Porto planeia continuar o seu projeto de lançamento de novos pilotos no campeonato nacional de todo-o-terreno: “É para continuar, e também espero fazer o ‘Europeu’, onde me dei muito bem”.

Bianchi Prata acredita que a modalidade tem futuro em Portugal, e que uma nova geração de pilotos pode surgir: “Neste Dakar já vimos o que podem fazer pilotos como o Joaquim Rodrigues Jr ou o Gonçalo Reis. Têm talento para poderem fazer mais coisas bonitas em termos nacionais. O Joaquim tinha um passado no motocross mas mudou há alguns anos para o enduro e para o todo-o-terreno e é um valor seguro”.

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