O próximo espetáculo do ciclo ‘O Rivoli Já Dança!’ é uma reflexão sobre o sono e o sonho, construída pela companhia artística do Porto, Circolando, com a participação de 40 pessoas da cidade do Porto escolhidas para este espetáculo.

A peça, ‘Rios do Sono’, dirigida por André Braga e Cláudia Figueiredo, será apresentada sexta-feira e sábado (10 e 11 de outubro), às 21h30, no Grande Auditório do Teatro Municipal Rivoli, com um preço único de cinco euros.

‘Rios de Sono’ é uma viagem poética e sensorial pelos territórios e meandros do subconsciente humano. Territórios diariamente visitados por todos mas que, ainda hoje, se envolve num profundo mistério.

A partir de uma ideia de Gabriel García Marquez, o coletivo procurou abordar o que é o “esquecimento” que advém deste sono em que mergulhamos.

O autor colombiano escreveu: “primeiro, apagam-se da memória as recordações de infância, depois o nome e a noção das coisas, por fim, a identidade das pessoas, até nos afundarmos numa espécie de idiotia do passado”.

Foi a partir daqui que ganhou corpo o processo criativo da Circolando, então em Águeda para criar esta peça. Mas um acontecimento natural na cidade onde estavam a construir o espetáculo (uma tempestade que destruiu muitas árvores do Parque da Cidade) acabou por mudar o rumo desta história.

Uma história que, agora, em palco, apresenta resquícios dessa tempestade, através de elementos que habitam o espaço cénico e que nos ajudam a tentar encontrar as soluções para este mistério humano.

O texto tem direção artística de André Braga e Cláudia Figueiredo e reúne atores e 40 pessoas da cidade do Porto que, em construção contínua e partilhada, abordam os caminhos do sono e do sonho.

O espetáculo tem ainda direção plástica de Sandra Neves, vídeo de Vítor Costa e desenho de luz de Francisco Tavares Teles.