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PEC em contagem decrescente para o chumbo

PEC vai mesmo ser chumbado, facto que pode antecipar-se graças ao projeto de resolução do PSD. Sócrates demite-se e Portugal entra num cenário de crise política, com eleições antecipadas. A queda do primeiro-ministro está marcada para o fim da tarde, quando se reunir com o Presidente da República.

O chumbo do PEC era possível, passou a ser provável, a quase inevitável e agora é uma certeza. A Assembleia da República ainda não votou a proposta de austeridade do Governo (a votação está marcada para as 18h00), mas já é possível antecipar o cenário de crise política.

Com o projeto de resolução do PSD contra este Plano de Estabilidade e Crescimento – proposta que se junta aos partidos de outras bancadas parlamentares –, pode afirmar-se que Sócrates apresentará a demissão hoje, às 19h00, numa audiência marcada com o Presidente da República.

Os sociais-democratas apresentam um projeto apartidário, que tem como único ponto a rejeição do PEC, que o Governo leva à Assembleia da República. Os sociais-democratas optam por não apresentar soluções alternativas, ao contrário do que fizeram PCP e BE, nas suas propostas.

A estratégia de Passos Coelho é colher unanimidade dos partidos da oposição, o que deverá suceder, deixando José Sócrates sem alternativa. O ainda primeiro-ministro prometeu demitir-se e apresentar-se de novo ao eleitorado, para as eleições antecipadas. Sem PEC, não há Governo.

Este plano de austeridade é considerado fundamental pelo Governo, para cumprir as metas orçamentais, mas não colheu o apoio do PSD. Os sociais-democratas não aceitaram a postura do executivo socialista, que apresentou o documento como proposta inalterável, e não concordam com as medidas deste PEC 4.

Nos últimos dias, surgiram discursos de rutura entre os dois principais partidos com assento na Assembleia. O ministro das Finanças previu a entrada do FMI em Portugal e mostrou resignação perante a incapacidade de se granjear o apoio do PSD.

Das palavras de Passos Coelho depreendeu-se uma preocupação com a estratégia eleitoral. A partir das 19h00 de hoje, o novo cenário político de Portugal vai definir-se, quando José Sócrates comunicar a Cavaco Silva a intenção de se demitir.

 

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