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PCP não se mete em “encenação” do CDS e vota contra moção de censura

O líder parlamentar comunista, João Oliveira, anunciou hoje que o PCP votará contra a moção de censura apresentada pelo CDS-PP, considerando que a iniciativa é “uma encenação” motivada pela disputa do espaço político à direita.

“Trata-se de uma encenação do CDS motivada pela disputa do espaço político com o PSD e à direita e naturalmente o PCP não se vai envolver”, disse João Oliveira, em declarações aos jornalistas, no parlamento.

O líder da bancada do PCP destacou que a moção de censura do CDS-PP é apresentada “a poucos meses das eleições para a Assembleia da República, que já estão marcadas”, considerando que a iniciativa “não pode ser levada a sério”.

“O PCP naturalmente votará contra essa moção de censura”, anunciou.

O deputado sustentou que as opções do Governo e do PS que são merecedoras de crítica e de censura são “as opções de convergência com o PSD e o CDS”.

Contudo, defendeu, “não é para isso que se destina” a moção de censura do CDS-PP.

O deputado referia-se à rejeição, com os votos contra do PS, PSD e CDS-PP, de oito projetos de lei do PCP, BE e PEV sobre o fim ou a diminuição progressiva das propinas.

“Tem sido o CDS a muleta de suporte ao Governo para que os problemas não sejam resolvidos”, acusou, acrescentando que a “convergência de posições naquilo que é negativo” entre o CDS, o PSD e o PS, acontece noutras áreas, como a saúde e a legislação laboral.

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, justificou hoje a moção de censura do seu partido ao Governo com “o esgotamento” do executivo, que acusou de ser “incapaz de encontrar soluções” para o país.

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