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PCP insiste na necessidade urgente de aproveitamento do aeroporto de Beja

O PCP/Alentejo insistiu hoje na “necessidade urgente do cabal aproveitamento” do aeroporto de Beja, que custou 33 milhões de euros e assume “importância ainda maior”, sobretudo, devido à saturação dos aeroportos de Lisboa e Faro.

Num comunicado enviado à agência Lusa, a Direção Regional do Alentejo (DRA) do PCP considera que “a potenciação do aeroporto de Beja assume uma importância ainda maior num quadro em que, não dispensando a construção” de um novo aeroporto no Montijo, “se verifica o crescimento da oferta e da procura turísticas, a saturação do aeroporto de Lisboa e o esgotamento da capacidade do aeroporto de Faro”.

Trata-se, segundo os comunistas, de um quadro que coloca “a necessidade urgente do cabal aproveitamento do aeroporto de Beja”, mas também do investimento na eletrificação e na modernização do material circulante da rede ferroviária da Linha do Alentejo, sobretudo do troço entre Beja e Casa Branca, para “garantir ligações rápidas e confortáveis”, e do acabamento ou lançamento de obras na rede rodoviária da região, “capazes de potenciar ainda mais o porto de Sines e contribuir para o desenvolvimento da base económica regional”.

O PCP defende que o Alentejo e o resto de Portugal “precisam que se potenciem infraestruturas existentes”, como o aeroporto de Beja, que “tem o seu valor e as suas potencialidades intrínsecas”.

Os comunistas apontam a “urgência do Estado” em ver o aeroporto de Beja, no qual “já investiu milhões de euros”, como “um importante instrumento para a dinamização de um ‘cluster’ associado à aeronáutica, dinamizador da atividade das empresas da região e do seu desenvolvimento e potenciador do incremento de uma ainda maior atração turística”.

No comunicado, a DRA do PCP manifesta, por outro lado, “total desacordo com implementação de portagens” na A26, que deveria ligar Sines e Beja e cujas obras dos troços entre Santa Margarida do Sado e Beja foram canceladas.

O PCP reclama a abertura ao trânsito do troço “já finalizado” da A26 entre o nó Grândola Sul da A2 e Santa Margarida do Sado, no concelho de Ferreira do Alentejo, e “a concretização total do projeto” da autoestrada e sem portagens entre Sines, Beja e Vila Verde de Ficalho, já no concelho de Serpa e quase na fronteira com Espanha.

A DRA do PCP também insiste na necessidade de construção da 2.ª fase do hospital de Beja, que tem sido “sucessivamente adiada”, e do Hospital Central Público do Alentejo, em Évora, “mantendo e reforçando as valências em cada uma das unidades de saúde” das quatro sub-regiões do Alentejo.

Os comunistas defendem também a melhoria e o reforço dos cuidados de saúde primários e da rede de cuidados paliativos e continuados e o aumento do número de profissionais no Serviço Nacional de Saúde no Alentejo.

O PCP alerta, ainda, para o facto de o Alentejo “necessitar de uma verdadeira política de coesão territorial”.

Neste sentido, a DRA do PCP revela “preocupação” com “o caráter generalista do conjunto de decisões” do Governo PS decorrentes do Plano Nacional da Política de Ordenamento do Território e do Programa Nacional para a Coesão Territorial e das “recentes medidas para a nova versão do Programa de Valorização do Interior (PVI) e com as opções tomadas ao nível da reprogramação do programa de fundos comunitários Portugal 2020 e da preparação do Portugal 2030.

O PCP critica também o “foguetório mediático” e “o oportunismo e as contradições que atravessam diversos setores do PS” nos planos local, regional e nacional e sublinha que o Governo, “ao mesmo tempo que fala em coesão territorial, continua a fechar ou a degradar o funcionamento de serviços públicos”, nomeadamente nas áreas de educação, saúde, correios, justiça e segurança.

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