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PCP exige respostas aos “problemas sociais” gerados pela pandemia

O PCP deu hoje “registo positivo” ao controlo da pandemia de covid-19 em Portugal, mas manifestou-se preocupado com “os problemas sociais” causados pelo confinamento e com a perda de rendimentos das famílias.

Jorge Pires, da comissão política do PCP, citou os resultados de um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública, apresentado na reunião do Presidente da República, primeiro-ministro, representantes dos partidos e parceiros sociais, no Infarmed, em Lisboa, que revelam que há muitos portugueses que começam a ter problemas – 80% vivem angustiados e 63% receiam perder os seus empregos.

“A verdade é que muitos já perderam rendimentos”, disse Jorge Pires, sublinhando que são necessárias “respostas mais céleres”.

O dirigente comunista afirmou ainda que o PCP “rejeita qualquer medida de controle que ponha em causa as liberdades individuais, de acordo com o que a Constituição consagra”, defendendo que é preciso serem garantidas as condições de segurança aos trabalhadores quando regressarem ao trabalho.

Jorge Pires fez ainda um elogio ao cumprimento, pela generalidade dos portugueses, das indicações de confinamento ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e aos seus profissionais que “trabalham” com “uma entrega sem limites”.

Questionado sobre se os comunistas defendem o levantamento do estado de emergência, a debater no final da semana no parlamento, Jorge Pires não respondeu diretamente e admitiu o “distanciamento do PCP” relativamente a esta medida.

O PCP, a par do PEV, absteve-se nas votações anteriores sobre o estado de emergência, na Assembleia da República.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 428 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 599 pessoas das 18.091 registadas como infetadas.

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