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PCP avança com uma moção que censura o Governo e a liderança socialista

Votada ao chumbo, a moção de censura ao Governo que o PCP apresenta e o Parlamento discute hoje representa mais do que uma ação de protesto contra as políticas da maioria PSD e CDS: é um pedido de definição do PS. Os socialistas vão abster-se e ficam reféns dessa posição, aos olhos da esquerda. Bloco e ‘Os Verdes’ colocam-se ao lado dos comunistas.

O Parlamento vai votar e chumbar a moção de censura do Partido Comunista Português (PCP), que avança com o cartão vermelho ao Governo mesmo sabendo que a maioria parlamentar da direita bastaria para anular a ação comunista.

Mas o PCP de Jerónimo de Sousa pretende, mais do que demitir o executivo de Passos Coelho, cativar as atenções, como força partidária inconformada. E pretende, acima de tudo, retirar força à voz de António José Seguro e ao PS, partido que decidiu abster-se na votação desta moção, hoje, e cujo líder ficará preso a essa opção, até ao final da Legislatura.

Esse será, provavelmente, o grande objetivo desta moção do PCP: obrigar o PS a encostar-se à maioria, sendo que secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, sabe que – por razões que se prendem com o memorando da troika e com os repetidos apelos à estabilidade política de Seguro – os socialistas jamais votariam a favor desta moção.

Mas o PCP alega que esta moção de censura que o Parlamento discute hoje tem como justificação Um “pacto de agressão ao país”, o aumento da exploração no trabalho e o empobrecimento de Portugal, com a economia a “afundar” em nome do cumprimento do défice (meta que não será atingida).

De acordo com palavras do Bernardino Soares, citadas pela agência Lusa, “o país está pior, mais pobre, com uma recessão económica forte”, em resultado do exercício do atual Governo. Acresce, de acordo com o deputado do PCP, que há “mais desemprego, pobreza e mais desigualdade”.

Foi assente nestes pressupostos – bem como num “ataque ao Sistema Nacional de Saúde – que o partido entregou a moção ao presidente da Assembleia da República. A moção vai ser discutida e chumbada, mas a verdade é que o PCP chama a si o mediatismo político, numa altura em que é conhecida a dificuldade do país em cumprir o défice e em que a palavra “austeridade” regressa à boca do Governo.

Hoje, o Parlamento será palco de um novo ataque ao executivo de Passos Coelho. O PSD e o CDS votarão naturalmente contra a moção de censura, o PS vai abster-se, o PCP votará naturalmente a favor, o Bloco de Esquerda e ‘Os Verdes’ apoiam os comunistas nesta ação política.

Redação

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