A Paz no Mundo começa em cada um de nós
Do que se queixam aqueles de que nada têm para se queixar quando expostos à crueldade humana motivada pela carência da falta de Amor.
Quanto mais assisto ao comportamento desenfreado do Homem que o leva a cometer actos bárbaros atacando os seus semelhantes como forma de aliviar o seu sofrimento, mais lúcida me torno no que toca à compreensão do funcionamento da mente humana.
Muitos absorvem a dor e a incompreensão, do que levou Mohamed Bouhlel, responsável pelo “ataque” em Nice, a cometer tal acto junto de inocentes. Muitos outros julgam-no pela monstruosidade do que fez. E poucos se ajoelham na humildade e na prece perante tal cenário.
Temos assistido cada vez com mais frequência a situações semelhantes, começa a deixar de ser novidade para passar a ser quase uma rotina. O Mundo há muito está em guerra, mas para nós europeus só agora começa a ser uma realidade. Inocentes morrem todos os dias por este planeta fora, sejam vítimas de atentados ou de outras manobras manipuladas pelo Homem, para vingar no Poder.
Torna-se quase impossível encontrar o lado positivo dos dias que hoje vivemos, mas ele existe. Actualmente temos acesso quase em directo, através da comunicação social, a tudo o que está a ocorrer no exterior e é de extrema importância que a nossa imediata reacção seja de introspecção e não de ataque com pensamentos ou palavras violentas, tal e qual a forma como o Mundo hoje se exprime. No controle das nossas emoções e sentimentos, por incrível que pareça vamos encontrar uma resposta que de alguma forma irá confortar-nos motivada pela aprendizagem. Todos acabamos por ser tocados pela tragédia, onde existe sempre a vítima e o agressor. E automaticamente a nossa solidariedade vai de encontro aos inocentes e a raiva é manifestada para com aqueles que agiram na “maldade”. E é exactamente aqui que nos temos que transformar… aqueles que agem violentamente estão em notório sofrimento e ao incrementarmos mais raiva mais aditivados vão ficar. Difícil?
Sim… mas não existe outra forma de espalhar a Paz pelo Mundo. Podemos assistir, numa dimensão inferior, a este tipo de situações em casa de cada um de nós. É só observarmos o nosso défice de paciência, a nossa falta de atenção ao facto de alguém estar “desequilibrado”, depressivo, com raiva, exaltado, e por aí fora…. Tudo isto são chamadas de atenção pela carência, pela falta de Amor que se vive. Somos cada vez mais solitários…
Tendencialmente afastamo-nos do que sofre para que não nos afecte em prol de abrirmos o coração e penetrarmos no seu interior.
Só assim, trabalhando como formiguinhas, vamos crescer em Amor e compaixão contagiando todos, fazendo com que esta teia seja tão extensa que um dia chegará aqueles que mais sofrem que são os que mais barbaridades cometem.
A Paz no Mundo começa em cada um de nós para que se possa estender com o nosso exemplo…