Paz na RCA: Não há dinheiro para mandar a GNR, vai só a Força Aérea

A GNR não vai participar na missão de paz da ONU na República Centro Africana, apesar de ter iniciado os preparativos há mais de um mês. O custo da participação superava o milhão de euros, um valor considerado excessivo e que limita a participação de Portugal à Força Aérea.

O Ministério da Administração Interna terá cancelado o envio de uma força da Guarda Nacional Republicana para a República Centro Africana, ao abrigo de uma missão de paz das Nações Unidas.

De acordo com a Rádio Renascença, o custo da participação, a rondar o milhão de euros, foi considerado excessivo no atual contexto militar.

O comando da GNR, que tinha admitido publicamente o interesse em participar na missão da ONU, terá sido informado ontem da decisão ministerial.

A TVI avança que os militares da GNR, composto por elementos com experiências em Timor, Bósnia ou Iraque, já tinham sido vacinados e instruídos para alertar as famílias.

Ao invés da força da GNR, que teria começado os preparativos há mais de um mês, Portugal deverá participar apenas com um avião da Força Aérea.

Desde há dois meses que está prevista a partida de um C-130, com 47 militares, para o Gabão em abril.

Várias fontes militares, citadas sem identificação por vários órgãos de comunicação, salientaram que a presença da GNR na missão da ONU nunca chegou a ser confirmada oficialmente.

Porém, essa presença era dada como certa nos meios diplomáticos. A RR adianta que houve documentos trocados com Bruxelas sobre os pormenores da força a enviar pela GNR.

O custo da equipa militar da Força Aérea, cuja missão tem a duração prevista de três meses e meio, deverá rondar os 2,5 milhões de euros.