Paulo Gonçalves recebido como um herói ‘em casa’

Paulo Gonçalves pode não ter terminado o seu 10.º Rali Dakar, mas foi recebido como um herói na sua chegada a Portugal, provando o reconhecimento dos fãs, amigos e família pelo desempenho na prova até ao momento do acidente que o afastou da prova.

Ainda a mancar ligeiramente ‘Speedy’ mostrou um grande sorriso de agradecimento à sua chegada ao Porto após um voo de ligação de Madrid, posando com os filhos para os ‘media’ e debaixo de gritos dos fãs.

“Chego com o sentimento do dever cumprido. É cero que este não era o resultado que pretendia. O que queria mesmo era melhorar o meu resultado no Dakar após 10 participações na prova, e isso seria vencer. Durante alguns dias liderei o rali, sentia-me bem e a moto estava a corresponder”, começou por referir Paulo Gonçalves.

“Nas corridas os acidentes podem acontecer, e aconteceram. Na primeira queda que tive não posso dizer que tal se deveu a pressão, mas a uma desatenção. Deixou-me fora do pódio mas ainda com possibilidades que conseguir um bom resultado. Já na segunda a decisão da organização afastou-me completamente da luta pelos lugares cimeiros”, prosseguiu ‘Speedy’.

“É claro que a penalização que então sofri teve um certo impacto em mim. Fui obrigado a correr demasiados riscos e cai. Não me lembro do que se passou nos momentos seguintes à queda nem como cheguei à ambulância. É uma situação que não queremos que aconteça mas que faz parte das corridas”, sublinha o piloto de Esposende.

“Baixar os braços por causa disto? Claro que não. Vou voltar assim que puder. Já não sinto quaisquer dores e vou recuperar a minha forma, estou certo disso. A Honda fez um bom trabalho de preparação para este Dakar, e isso viu-se no meu desempenho enquanto estive em prova e também no do Kevin Benavides, que esteve muito bem”, considerou também Paulo Gonçalves.

“Claro que os meus planos passam por voltar ao Dakar no próximo ano, ainda que seja um pouco cedo para se pensar numa planificação dessa prova. Agora a prioridade é recuperar a forma física e voltar a competir nas próximas da Taça do Mundo de Todo-o-terreno, sempre com o pensamento na vitória”, concluiu o piloto português da Honda.

Fotos: Ricardo Cachadinha