Economia

Patrões querem que a troika aposte no crescimento das empresas em Portugal

economia-recuperacaoAs entidades que representam os patrões em Portugal querem que a troika envide esforços no sentido de reanimar a economia portuguesa, em vez de manter a estratégia de combate ao défice, que também se repercute nas empresas, cujas falências devem aumentar no próximo ano.

O DN e o Dinheiro Vivo ouviram alguns dos representantes da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), bem como de outras associações que representam os patrões em Portugal, que revelaram a mensagem que fizeram chegar à troika: uma política voltada para o crescimento económico que permita às empresas recuperar dos efeitos negativos da austeridade.

Abebe Selassie (representante do FMI), Rasmus Rüffer (membro do Banco Central Europeu) e Jürgen Kröger (da Comissão Europeia), elementos da missão que compõe a troika, ouviram dos patrões portugueses o mesmo pedido: diminuição de impostos sobre as empresas e uma política voltada para o crescimento.

Os patrões defendem que a redução do défice público não pode ser o único caminho a seguir pelo Governo, uma vez que esta política acarreta efeitos negativos, sobretudo nas empresas e na indústria. Estas palavras surgem no dia em que foram conhecidas as perspetivas sobre falências de empresas para 2012.

É crível que Portugal apresente o maior aumento de falências, de acordo com um relatório da Euler Hermes. A confirmar-se este cenário, que foi exposto à troika, Portugal assinala o maior crescimento de insolvências da Europa.

Os chefes da missão da troika que estiveram em Portugal para mais uma avaliação, no âmbito do programa de resgate económico ao país, ouviram estas preocupações dos representantes dos patrões, que consideram que existe folga orçamental para que se aposte numa agenda de crescimento económico que ajude as empresas nacionais.

“O processo de consolidação orçamental está a ser bem sucedido”, escreve o Dinheiro Vivo, citando os patrões, que acham que “é altura de recuperar o atraso nas medidas viradas para o crescimento”.

Uma das medidas que a troika deve ter em conta prende-se com o acesso ao financiamento por parte das empresas, para que se evite o fecho de portas de empresas, vítimas do estrangulamento da economia.

Em destaque

Subir