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Passos vê “agravamento do desemprego” mas confia no cumprimento do défice

O agravamento do desemprego em Portugal é uma realidade assumida pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que respondia a uma questão de Jerónimo de Sousa, deputado do PCP. O chefe de Governo revela, na Assembleia da República, que o Orçamento Retificativo já prevê uma revisão em alta dos números do desemprego. No entanto, Passos reitera confiança no cumprimento do défice sem medidas de austeridade adicionais, desvalorizando o boletim económico do Banco de Portugal.

É com o advérbio “infelizmente” que Passos Coelho lamenta um “agravamento” inesperado do desemprego em 2012, sendo que o Governo já fez uma revisão em alta dos novos números, que constam do Orçamento Retificativo.

Durante o debate quinzenal, na Assembleia da República, nesta sexta-feira, Pedro Passos Coelho adiantou aos deputados que “as previsões do Orçamento do Estado para 2012 foram ultrapassadas, na questão do desemprego”, o que obrigou o executivo a corrigir os números estimados pelo Governo.

Pedro Passos Coelho adiantou ainda que, na terceira avaliação eita pela troika, o executivo “atualizou as previsões” do desemprego. “Ajustámos em alta a previsão. Não é novidade que assistiremos a um agravamento do desemprego em 2012″, explicou o líder do executivo.

Estas palavras surgem um dia depois de o Banco de Portugal (BdP) ter previsto, precisamente, um aumento do desemprego e de antever que o executivo de Passos Coelho não conseguirá cumprir as metas do défice sem novas medidas de austeridade.

O próprio chefe de Governo mantém a confiança de que Portugal vai atingir os seus objetivos macroeconómicos, sem alterar o rumo. Segundo o boletim do BdP, a economia portuguesa enfrenta umcenário de estagnação pelo menos até ao ano 2013, sendo que desse facto resulta a perda de 170 mil postos de trabalho durante 2012. É uma média de 465 novos desempregados por dia.

As estimativas do BdP para 2013 são menos pessimistas, mas manter-se-á uma tendência para aumento do desemprego, com 33 mil durante todo o ano (uma média 90 novos desempregados por dia). Estes números representam o dobro (3,6 por cento de perda de emprego em 2012) do que perspetivado pela mesma entidade no boletim económico de inverno.

Noutro âmbito da evolução económica, prevê-se que o cenário macroeconómico se deteriore, pelo que o executivo de Passos Coelho, o que, a confirmar-se, obrigará o primeiro-ministro e seus pares a “adotar mais medidas de austeridade”, no entendimento do BdP.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, não concorda com essa visão e adianta que não está nas previsões do executivo aplicar novas medidas austeras.

Recorde-se que no boletim económico anterior o BdP antevia “uma contração sem precedentes”, entre 2011 e 2013. O boletim divulgado nesta quinta-feira é ainda mais pessimista do que o anterior, sendo que a quebra do Produto Interno Bruto deverá acentuar-se. Na Assembleia da República, Passos assume o agravamento do desemprego, mas mantém confiança no plano definido pelo Governo e não prevê acrescentar austeridade.

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