No debate quinzenal do Parlamento, Passos Coelho garantiu nesta sexta-feira que não recebeu qualquer verba da Tecnoforma, enquanto era deputado em regime de exclusividade. “Não recebi nenhum montante de remuneração”, disse. António José Seguro convidou o primeiro-ministro a permitir o levantamento do sigilo bancário. Mas Passos recusa-se a fazer “o striptease” dos seus rendimentos, “para deleite dos leitores dos jornais”.
O caso-Tecnoforma marca o debate quinzenal desta sexta-feira, na Assembleia da República. O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho esclareceu os deputados de que “nunca” recebeu qualquer verba da Tecnoforma, enquanto exercia funções de deputado em regime de exclusividade.
A declaração suscitou fortes aplausos das bancadas do PSD e CDS, mas não convenceu António José Seguro, que acusou o primeiro-ministro de se “esconder atrás das instituições” e demorar “muito tempo” a explicar a questão.
O secretário-geral do PS insistiu em saber “que montantes, de que forma, o que recebeu” da Tecnoforma – Passos assumira que apenas recebeu “despesas de representação”, em viagens que efetuou.
E António José Seguro convidou Passos a permitir que se levante o sigilo bancário.
“Não vou permitir o striptease das contas bancárias para deleite dos leitores de jornais”, respondeu Passos Coelho, numa das frases do debate quinzenal.
Recorde-se que o primeiro-ministro foi alvo de uma denúncia anónima, segundo a qual Passos terá sido remunerado, o que não lhe era permitido, por ser deputado em regime de exclusividade. No entanto, Passos Coelho garante que nunca foi remunerado pela Tecnoforma.