Marcelo abordou ainda o papel de Paulo Portas, líder do CDS-PP, no Governo. O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros é, para o comentador político, o elemento do executivo com “mais sensibilidade política”, o que foi notado no discurso de aproximação ao PS, no último debate na Assembleia da República.
Aliás, essa aproximação entre Passos e Seguro, que Portas promoveu, com palavras bem pensadas, é uma fatalidade. “Seguro e Passos estão condenados a estar mais próximos do que nunca”, defendeu Marcelo no seu comentário semanal
Na ressaca de mais uma grande manifestação contra o Governo, que levou centenas de milhar às ruas, Marcelo Rebelo de Sousa entendeu também que não é crível que o Governo avance já com os cortes de 4000 milhões de euros, pelo menos no ano em curso, no âmbito da reforma do Estado, acordada com a troika.
Marcelo comentou este protesto de 2 de março, apelidando-o de “manifestação de desilusão”, em contraponto com a anterior manifestação, que ocorrera a 15 de setembro, onde os portugueses que saíram às ruas deram um sinal de “esperança”.
“A grande diferença [entre as duas manifestações] foi que a de 15 de setembro foi uma manifestação de esperança e esta foi de desilusão, mas de revolta, protesto, indignação”, conclui Marcelo.
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