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Passos está a “brincar com o fogo” ao tecer comentários públicos sobre a CGD

Para Marcelo Rebelo de Sousa, Passos Coelho deveria ter mais recato e não fazer comentários públicos sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD). No comentário semanal na TVI, o professor entende que, ao tratar este assunto publicamente, “estamos a brincar com o fogo”.

O comentador da TVI considerou, neste domingo, que o primeiro-ministro não deve tecer comentários públicos sobre a CGD.

Marcelo Rebelo de Sousa referia-se às mais recentes considerações feitas por Pedro Passos Coelho relativamente ao banco público,

O primeiro-ministro, recorde-se, tinha sido questionado pelo Jornal de Negócios sobre uma preocupação por não ter sido feito ainda qualquer reembolso da Caixa relativamente às obrigações de capital contingente.

“Causa preocupação, porque era suposto que a Caixa Geral de Depósitos tivesse podido já obter resultados que permitissem fazem uma parte desse reembolso”, afirmou então Passos Coelho.

Marcelo Rebelo de Sousa considera estas declarações despropositadas. Neste domingo, no seu comentário semanal na TVI, o professor manifestou alguma perplexidade pelo facto de Passos tenha comentado o eventual problema publicamente.

“Estamos a brincar com o fogo. A Caixa Geral de Depósitos é um banco público, tem uma dimensão muito importante no sistema financeiro português e quem escolheu esta administração foi o atual Governo”, salientou Marcelo, ontem à noite.

Para Marcelo, “se há problemas a resolver, têm que ser resolvidos noutro sítio” e não podem ser comentados pelo primeiro-ministro em declarações a um jornal.

“Não me parece uma boa ideia fazer comentários públicos, mesmo que tenha razão”, defendeu também Marcelo, que acrescenta: “Não fica bem ao Governo nem contribui para a sanidade do sistema financeiro”.

Realce-se que a Caixa Geral de Depósitos ainda não pagou o dinheiro que o Estado investiu na sua recapitalização.

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