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Passos diz que Portugal não pede novo empréstimo se não conseguir regressar aos mercados

passos_coelho8Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho assegura que o cenário de um novo pedido de resgate está fora de hipótese, porque Portugal “vai cumprir o acordo estabelecido” com a troika e se, “por razões externas”, não conseguir regressar aos mercados, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE) “manterão a ajuda a Portugal e à Irlanda”.

Depois de um artigo (que citava economistas e investidores internacionais) ter colocado Portugal na rota de um novo resgate financeiro, em meados de 2013, por incapacidade de se financiar nos mercados, Pedro Passos Coelho reage e nega esse cenário.

“Assim como sucedeu com a Grécia, o FMI poderá exigir a Portugal que assegure que tem capacidade para regressar aos mercados, no próximo ano. Dado o rendimento exigido pelos investidores em títulos de Portugal, os economistas temem que tal possa suceder”, escreveu ontem o Wall Street Journal.

No mesmo dia, numa conferência de imprensa, em São Bento, na sua residência oficial, o primeiro-ministro garantiu que o país cumprirá o programa de assistência da troika e, se não for capaz de regressar aos mercados, por razões às quais é alheio, poderá contar com a ajuda de FMI e BCE prestarão apoio a Portugal, sem novo plano de assistência.

“Se, por razões externas, Portugal ou a Irlanda não forem capazes de voltar aos mercados no prazo delineado, o Fundo Monetário Internacional e a União Europeia continuarão a apoiar estes dois países e não deixarão de prestar o auxílio necessário, desde que se cumpram as metas contidas no programa. Portugal não pode falhar por razões internas e não vai falhar”, afirmou o primeiro-ministro.

Pedro Passos Coelho garantiu ainda que “Portugal não vai pedir mais ajuda, nem sequer pretende alterar os prazos do Programa de Assistência Económica e Financeira”. O acordo estabelecido com aquelas entidades “vai ser cumprido”.

“Reafirmo o que já tinha dito no Parlamento: não pediremos mais tempo, nem sequer iremos solicitar mais dinheiro. Quem quer cumprir cumpre. Um país que pretende respeitar compromissos não poderá afirmar que quer renegociá-los”, sublinhou o chefe de Governo.

Passos Coelho participava numa conferência de imprensa, onde estava o seu homólogo espanhol, Mariano Rajoy. Os dois primeiros-ministros estiveram reunidos e debateram o cenário internacional.

O tema de um hipotético pedido de ajuda foi levantado ontem, num artigo do Wall Street Journal, que colocava Portugal na rota de um novo pedido de ajuda financeira, mesmo que consiga cumprir o défice. As dificuldades de financiamento nos mercados internacionais deixarão, segundo especialistas, o País sem financiamento, em 2013.

Passos Coelho garante que esse cenário foi precavido no acordo com a troika e não obrigará a qualquer pedido de ajuda.

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