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Passos diz que “este Governo tem moral para pedir sacrifícios”

Primeiro-ministro esteve no comício da Festa do Pontal, no Algarve. Pedro Passos Coelho justificou as medidas de austeridade adicionais com uma “necessidade imperiosa”, que “colocou o País no caminho na normalidade”. E se “o governo dá o exemplo, tem a moral para pedir sacrifícios aos portugueses”.

O chefe do Governo reagiu às críticas, segundo as quais Passos Coelho só consegue corrigir o défice do lado da receita, com aumento de impostos. “Ao longo destes dois meses, até ao momento em que se fixaram os limites da despesa em 2012, cortamos na despesa todos os dias”, afirmou.

No Algarve, Passos Coelho interrompeu um jejum de 17 anos (ao longo deste período, não se verificou a presença de um primeiro-ministro na Festa do Pontal), o discurso do chefe de Governo ficou marcado pela reação à oposição, dias depois mais um aumento de impostos (IVA intermédio da eletricidade e gás) e de promessas de um 2012 mais austero.

Pedro Passos Coelho fora criticado por não cortar na despesa e optar pela receita mais simples. Eis a resposta: “O Governo está a eliminar despesa, todos os dias, porque sabe que não tem alternativa. Corta na despesa desde o dia em que criou os gabinetes e até ao momento em que se fixaram os limites para 2012”.

O líder do executivo governativo sublinhou que encontrou “um desvio nas contas públicas”, que “complicou a tarefa”, justificando assim a aplicação do imposto extraordinário que recairá sobre o subsídio de Natal.

Todas as medidas de austeridade ‘adicional’, que vão para além do memorando de entendimento com a troika, mereceram duas ideias: o Governo prefere “resolver em vez de ignorar” e foi obrigado a “atuar com rapidez”.

O primeiro-ministro chamou “irrealistas” àqueles que “gostariam de que o Governo desse mais subsídios e emprego” num momento de crise. “Não falam com sinceridade. Ninguém resolve o problema da despesa com mais despesa”, afirmou.

Além de críticas a terceiros, elogios ao próprio Governo, que “sem tempo para respirar”, conseguiu “pôr o país no caminho da normalidade”.

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