Presidente do PSD aborda cenário que as sondagens não afastam: PSD e CDS em maioria parlamentar, com o PS a vencer as eleições. Passos Coelho acredita que Cavaco Silva preferiria dar posse a uma maioria de direita, se Portugal enfrentasse um quadro eleitoral que deixaria José Sócrates numa ilha.
O cenário existe, será triste, porque Portugal encararia um cenário de ingovernabilidade, mas pode ser um fado: Sócrates ganhar as eleições, com PSD e CDS em maioria no parlamento. Tudo dependerá, sobretudo, da capacidade de Paulo Portas colher votos de Passos Coelho.
Este hipotético desfecho eleitoral ganha força, em algumas sondagens, que revelam um crescimento do PS, ao ponto de Sócrates superar Passos, e um aumento das intenções de voto no CDS. E como Portas está a conseguir granjear cada vez maior apoio do eleitorado de Passos Coelho, pode impedir a vitória social-democrata.
Passos Coelho classifica este quadro eleitoral com duas palavras: “hipótese remota”. Mas apesar de “remota”, não deixa de ser uma hipótese. Por outro lado, o presidente do PSD considera que o Presidente da República dificilmente aceitaria este cenário de ingovernabilidade.
Portas e Passos já afirmaram que não governariam com o PS de José Sócrates. E se a maioria de direita e vitória socialista se conjugarem, no dia 5 de junho? “Essa é uma possibilidade teórica. Portugal precisa de um Governo de maioria. E o único partido com condições de permitir essa maioria a Portugal é o PSD”, disse Pedro Passos Coelho.
