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Passos desmente favores de Relvas quando era gestor na empresa Tecnoforma

passoscoelho10Passos Coelho desmentiu qualquer favorecimento de Miguel Relvas, quando ocupou os cargos de consultor e de gestor da Tecnoforma. Segundo o Público, o período de ascensão daquela empresa deu-se quando Relvas era secretário de Estado no executivo de Durão Barroso. “Nunca pedi favores a ninguém”, responde o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho negou qualquer tipo de favorecimento de Miguel Relvas, quando o atual ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares era secretário de Estado de um Governo do PSD, liderado por Durão Barroso.

O caso foi suscitado por uma reportagem do Público, que analisou os contratos assinados entre a Tecnoforma e o Estado, quando era consultor daquela empresa e o ministro Miguel Relvas era então responsável por um programa de formação que tinha financiamento do Estado e da União Europeia.

Passos Coelho desmente qualquer favor de Miguel Relvas, ou qualquer relação entre o crescimento da Tecnoforma e os membros do Governo de então. Hoje, no Porto, onde participou numa conferência, o primeiro-ministro repudiou essas informações.

“Nunca pedi favores a ninguém, nem de ordem política nem de ordem profissional. Não houve qualquer favorecimento da empresa, nem quando eu estive a trabalhar como consultor, nem como gestor”, disse Passos Coelho, em declarações aos jornalistas.

O primeiro-ministro sublinhou também que a presença de Miguel Relvas no executivo de Durão Barroso não foi aproveitada por aquela empresa para retirar quaisquer benefícios, negando a informação difundida pelo Público.

Segundo o diário, na sua edição de hoje, a maioria dos acordos celebrados entre a Tecnoforma e o Estado foram-no no período em que Relvas era secretário de Estado, numa altura em que Passos Coelho era consultor da empresa.

Em causa estavam programas de formação. De acordo com o Público, a empresa Tecnoforma conseguiu a maioria dos contratos da zona centro, ao abrigo do programa Foral. No Porto, o primeiro-ministro revelou que não tem “qualquer problema” em abordar o assunto, uma vez que a sua atividade na Tecnoforma não beneficiou de favores, quer de Miguel Relvas, quer de outras personalidades.

“Não existe, na minha vida como gestor de empresas, nada que seja objeto de censura, ou que tenha envolvido do ponto de vista ético qualquer favorecimento para as empresas por onde passei”, afirmou o primeiro-ministro.

Passos Coelho lembrou ainda que começou a trabalhar na empresa quando António Guterres era primeiro-ministro e saiu quando José Sócrates ocupava o cargo – dois chefes de Governo eleitos pelo PS. E desmente que a presença de Miguel Relvas no executivo de Durão Barroso tenha sido a razão do crescimento da Tecnoforma. “Não há causa-efeito nas duas realidades”, sublinhou.

O chefe de Governo revelou ainda que teve a oportunidade de conversar com o autor da reportagem, sendo que forneceu ao jornalista do Público toda a informação “relevante”, com o objetivo de “colaborar com toda a transparência” naquele trabalho de investigação.

Também o ex-diretor comercial da Tecnoforma, António Silva, revelou hoje à Lusa que nunca soube de qualquer “influência política” de Pedro Passos Coelho nos negócios da empresa, no período em que Relvas era secretário de Estado.

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