Presidente do PSD promete reavaliar a lei do aborto, por considerar que há a possibilidade de Portugal “ter ido longe de mais” do que deveria, ao aprovar as leis que despenalizam a interrupção voluntária da gravidez. Passos Coelho – que admite um novo referendo – realça, no entanto, que não há qualquer “intolerância” nos seus ideais.
Passos Coelho participava no programa da Rádio Renascença ‘Diretor por uma Hora’ e abordou esta questão, para suscitar dúvidas sobre eventuais excessos da lei que vigora. E para corrigir essas possíveis lacunas, admite até trazer o assunto à agenda, caso seja eleito primeiro-ministro, com um novo referendo.
O líder do PSD, que não esteve a favor da nova lei, considera que Portugal “pode ter ido longe de mais” ao abrir as portas à legalização do aborto e, desse ponto de vista, “é necessária uma nova avaliação”.
Passos Coelho argumenta que há dois conceitos distintos: legalizar e liberalizar. É partidário do primeiro, porque existem “condições excecionais” que a lei deve ter em conta, para que “não se empurre as pessoas para o aborto clandestino”.
A liberalização pode ser evitada facultando informação às pessoas, o que representa uma “obrigação do Estado”.
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