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Passos Coelho avisa que ajustamento das contas obriga a esforços adicionais

passos-coelho5Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro, lança um aviso, em vésperas de mais uma manifestação: o ajustamento das contas públicas exige sacrifícios adicionais. O chefe de Governo avisa que Portugal está num processo de ‘cura’, que implicará medidas de austeridade mais duras do que aquelas que já revoltam os portugueses.

“Temos de mostrar que estamos mentalizados do seguinte: uma dívida como aquela que foi gerada e um desequilíbrio tão grande nas políticas públicas, bem como no endividamento privado, não demora um ano a ser corrigido, demora mais, e exige um esforço maior do que aquele que foi exigido até hoje”, disse o primeiro-ministro.

O sucesso da recuperação económica, segundo Passos Coelho, não está apenas nas mãos do Governo. Nem é uma certeza. “Saber se daqui para a frente vai tudo correr bem ou correr mal depende muito da nossa vontade coletiva e da consciência que temos dos problemas”, avisou Passos Coelho, depositando nos portugueses a tarefa de aceitarem os esforços adicionais que vão ser pedidos.

“Está nas nossas mãos – nas mãos do Governo, dos principais responsáveis das instituições portuguesas e das instituições económicas e sociais – superar este momento”, avisa o primeiro-ministro, que considera que o momento é crítico.

O primeiro-ministro fala em tom de aviso, chamando essas instituições para que cumpram o seu papel. E começa a preparar terreno para novos cortes nos rendimentos dos portugueses. Passos Coelho está sob forte pressão, mas promete em 2013 – ano de eleições autárquicas – ser ainda mais exigente. O recuo na Taxa Social Única não significa uma mudança de políticas, mas a perceção, por parte do primeiro-ministro, de que a medida não foi compreendida.

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