Nas Notícias

Passos Coelho aterra em Berlim com Governo que se desmorona

passos coelho8Passos Coelho, primeiro-ministro de um Governo instável, está em Berlim para falar de emprego, ao lado de Merkel e Hollande. Mas o primeiro-ministro tem no subconsciente a profunda crise política que se abriu em Portugal, sobretudo, com a demissão do ministro Paulo Portas, um dia depois de Vítor Gaspar deixar o executivo. Hoje, oficializam-se as demissões de mais dois ministros: Pedro Mota Soares e Assunção Cristas, ambos do CDS. É a rutura da maioria.

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho viaja a Berlim, nesta quarta-feira, para se encontrar com os homólogos europeus, entre os quais Angela Merkel e François Hollande. Também na capital da Alemanha decorre uma conferência europeia sobre emprego.

Esta deslocação a Berlim surge talvez no pior momento, para Passos Coelho, que vê em Portugal uma crise política colocar em causa a estabilidade governativa. O ministro das Finanças já se demitiu, um dia antes de Paulo Portas abandonar o executivo. Hoje, seguem-se outros dois ministros do CDS, Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade e Segurança Social, e Assunção Cristas, ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território. São quatro demissões em três dias.

Apesar deste cenário de tormenta no Governo, Passos Coelho manteve o compromisso de viajar a Berlim. Essa intenção foi manifestada na sua comunicação ao país, onde o primeiro-ministro manifestou crença em ultrapassar a crise política que se instalou no país, “em nome de Portugal”.

Passos Coelho tenta disfarçar os ecos deste desmoronamento do Governo, mantendo a agenda, que prevê encontros com a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês François Hollande. Estará cinco horas em Berlim, prevendo-se que regresse a Portugal às 16h30.

Neste regresso, o primeiro-ministro terá de encontrar a solução para manter em funções um Governo do PSD que perdeu o apoio pós-eleitoral conseguido com o CDS-PP. Paulo Portas, que viabilizou este Governo, demite-se agora, juntamente com dois ministros do CDS, o que coloca Passos com pouco espaço de manobra.

Em destaque

Subir