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Passos Coelho acusa Governo de “negligenciar procedimentos democráticos”

Líder do PSD emite comunicado em inglês, justificando o chumbo do PEC e abrindo portas para uma crise política. Passos Coelho refere que só com um “amplo consenso” o país poderá “adotar medidas adicionais de austeridade” e acusa o Governo de assumir uma postura “omissa” e de “negligenciar procedimentos democráticos”.

Pedro Passos Coelho já não fala apenas para os portugueses, mas desvia o seu discurso para os mercados, onde são apresentadas as razões da decisão social-democrata, que impede as medidas de austeridade que as instituições europeias aplaudiram.

Segundo o comunicado, Sócrates “não consegue resistir a pressões externas”, em vez de adotar uma postura pró-ativa. Nesse sentido, Passos Coelho não acredita que “o Governo vá melhorar o desempenho”.

O PSD “reafirma o seu apoio indefectível” a reformas estruturais para consolidação orçamental, redução da dívida pública e crescimento económico, mas “é incapaz de apoiar estas novas medidas anunciadas, por “imporem sacrifícios nos grupos mais vulneráveis”.

O fato de estar em minoria no Parlamento deveria obrigar José Sócrates a seguir uma postura de diálogo, o que não aconteceu. “O Governo evitou negociações prévias com as partes, negligenciando práticas e procedimentos democráticos”, refere o documento.

Por outro lado, acrescenta, “as medidas anunciadas refletem a incapacidade do Governo em implementar um programa credível de consolidação orçamental”, sem efeitos práticos na “redução da dívida pública e crescimento económico”.

Passos Coelho já garantiu que não vai viabilizar o PEC.

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