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Passos assume que Governo falhou previsão de encaixe de mil milhões

passos_coelho11O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho foi obrigado a assumir uma falha do Governo, em previsões de receita, na ordem dos mil milhões de euros. O executivo esperava encaixar essa verba nas áreas de concessões de jogo, barragens, potências fotovoltaicas e vendas de património. São mil milhões de euros “irrealizáveis”. Segundo Louçã, estas receitas perdidas resultam da “austeridade e da destruição da economia”.

Passos Coelho tropeçou numa ‘rasteira’ de Francisco Louçã: as medidas de austeridade devem-se, em parte, a más previsões do Governo e a “efeitos recessivos entre julho e setembro provocadas pela austeridade”, segundo Louçã, já com o atual executivo em funções.

Duro, Louçã acusou o Governo de apresentar um “PEC 6”, que tinha “severidade, violência e injustiça”, nas palavras do próprio primeiro-ministro. “Para que é que servem estas medidas?”, questionou Francisco Louçã.

E avançou: “A sua desculpa é o desvio orçamental. Mas segundo dados do INE, o desvio é de dois mil milhões até julho, incluindo a trafulhice da Madeira. Mas o primeiro-ministro justificou estas medidas com mais mil milhões de euros de desvio, entre julho e setembro, já consigo no Governo. Pergunto onde pôs os mil milhões de euros? Como gastou mil milhões, acima do que estava autorizado?”.

Passos Coelho explicou que há receitas nas áreas das concessões de jogo, barragens e potências fotovoltaicas que “não são realizáveis”. Esse “conjunto de receitas previstas atinge mil milhões de euros”.

Francisco Louçã voltou à carga e viu-se obrigado a “desmentir” Passos Coelho, porque estes três itens “não perfazem mil milhões de euros”. Segundo o líder da bancada do Bloco de Esquerda, a causa desta falha na previsão das receitas está nas “medidas de austeridade que o Governo aplicou desde que entrou em funções”, que “são recessivas e estão a estagnar a economia”.

Passos Coelho fez ‘mea culpa’ e acrescentou “300 milhões de euros” previstos para venda de património, receita que “não é realizável”. Ou seja, o Governo falhou previsões de receita que atingiria mil milhões de euros.

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