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Passos admite “falta de dinheiro ou distração” em pagamentos ao fisco fora de prazo

passos coelho cdp Casos alegados atrasos fiscais levaram Passos Coelho a revelar que, “por distração” ou “falta de dinheiro”, entregou declarações e fez pagamentos “fora de prazo”. Em declarações ao Sol, o primeiro-ministro garante, no entanto, que nunca teve tratamento de exceção.

Os alegados incumprimentos fiscais do primeiro-ministro, que terão ocorrido entre os anos de 2003 e 2007, de acordo com o Expresso, provocaram “cinco processos de execução fiscal”, avança o semanário.

Passos Coelho reagiu a esta questão, numa curta declaração ao jornal Sol, assumindo eventuais erros, que ocorreram por “falta de dinheiro ou distração”.

“Houve anos em que entreguei declarações e pagamentos fora de prazo com coima e juros, umas vezes por distracção, outras por falta de dinheiro”, disse Pedro Passos Coelho, ao jornal Sol.

No entanto, apesar de admitir incumprimentos fiscais, que possam ter ocorrido entre aqueles anos, o primeiro-ministro garante que não teve tratamento de exceção e que nunca deixou de pagar os devidos impostos, “sem contestação ou manobras dilatórias”.

O chefe de Governo não esclarece, no entanto, pormenores sobre o seu histórico fiscal, uma vez que não tem todos os documentos necessários para o fazer.

“Não guardo memória dos números de processo nem de valores, já que nunca vi interesse em conservar papéis anos a fio, de situações que ficaram regularizadas”, explica Passos Coelho.

Este caso surge após outra polémica envolvendo o primeiro-ministro: as dívidas à Segurança Social.

Segundo o Público, o primeiro-ministro esperou até fevereiro deste ano para liquidar uma dívida já prescrita: inicialmente era de 2880 euros, mas o mesmo jornal adiantou ser de 5016 euros, acrescidos dos juros de mora.

“Quem quiser remexer na minha vida para encontrar episódios desses não precisa de tanto trabalho, nem de quebrar deveres de sigilo. Pode ter a certeza de que eu, muitas vezes na minha vida, ou me atrasei ou entreguei na altura em que o Estado me exigiu aquilo que me era exigido”, disse o primeiro-ministro, há poucos dias.

O PSD considera que estes assuntos são suscitados em virtude do ato eleitoral deste ano, onde será eleito um novo Governo, com Passos a apresentar-se ao eleitorado pedindo uma maioria absoluta.

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