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Partidos dos deputados cabo-verdianos envolvidos em confrontos condenam incidente

Os partidos dos dois deputados cabo-verdianos que hoje se envolveram em confrontos físicos nas instalações da Assembleia Nacional condenaram as agressões, desconhecendo-se ainda os motivos da contenda.

Os deputados Emanuel Barbosa (Movimento para a Democracia, no poder) e Moisés Borges (Partido Africano da Independência de Cabo Verde, oposição) envolveram-se hoje em confrontos na Assembleia Nacional, na cidade da Praia, antes do início dos trabalhos de uma comissão, na qual estava prevista a audição do ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares, que, entretanto, foi suspensa devido ao incidente.

Emanuel Barbosa sofreu ferimentos e foi transportado ao Hospital Dr. Agostinho Neto.

Numa reação a este incidente, o grupo parlamentar do MpD emitiu um esclarecimento em que afirma que se tratou “de uma agressão e não de uma briga”.

“A agressão não aconteceu por acaso. Muito antes, o deputado do PAICV Moisés Borges tinha feito ameaças ao deputado Emanuel Barbosa”, lê-se na nota.

O grupo parlamentar do MpD repudiou “veementemente” o ocorrido, que considerou “a todos os títulos, injustificável” e que “em nada dignifica a tão nobre função parlamentar”.

O MpD apresentou a sua solidariedade ao deputado Emanuel Barbosa, a quem transmitiu “o total apoio em todas as ações que entenda levar a cabo para que este ignóbil ato de agressão não fique impune”.

Por seu lado, o grupo parlamentar do PAICV condenou o confronto e garantiu que irá fazer “de tudo para que a Assembleia Nacional seja uma casa calma, de tolerância e que tenha um clima de trabalho saudável”.

Em conferência de imprensa, o deputado Walter Évora afirmou: “O grupo parlamentar não apoia, não aceita e nem colabora com qualquer tipo de violência física ou verbal na casa parlamentar que, no seu entender, é a casa da palavra e da concórdia”.

Citado pela agência de notícias de Cabo Verde (Inforpress), Walter Évora explicou que o deputado Moisés Borges do PAICV reagiu a uma agressão física do deputado Emanuel Barbosa (MpD), condenando a situação, “independentemente de quem tenha razão ou não”.

“É preciso saber realmente o que aconteceu, porque se foi uma reação a uma ofensa por parte do deputado Moisés Borges, não me parece que haja sanções” a aplicar, acrescentou.

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