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‘Nós Cidadãos’ com José Cid: “Não nos tomem por parvos”

jose cid Chama-se ‘Nós, Cidadãos’ e é um novo partido que conta com José Cid nas fileiras. Em entrevista ao i, o músico justifica porque se associou ao projeto. Está farto da “partidocracia” e dos “jobs for the boys”. E quer ir buscar a todos os partidos “as boas ideias”, retirar o que é tóxico e lançar na sociedade o desafio de quem se sente “dececionado com a partidocracia”. “Não nos tomem por parvos”, diz ao i.

Há um novo partido prestes a nascer – o ‘Nós, Cidadãos’. Os seus criadores já recolheram no Tribunal Constitucional mais de metade das assinaturas necessárias, para que o processo fique concluído ainda antes das próximas eleições Legislativas, em 2015.

José Cid é uma das figuras públicas que darão o rosto por um projeto político que nasceu de uma conversa entre amigos “dececionados com a partidocracia” e com os ‘jobs for the boys’.

Em entrevista ao i, José Cid explica porque decidiu abraçar o ‘Nós, Cidadãos’, apesar de a sua carreira estar longe do fim e numa altura de alta rotação.

“Com a minha idade, tenho direito a ter uma ideia válida sobre o meu país. Vamos lutar ativamente contra a corrupção. Não vamos perseguir ninguém, mas não nos tomem por parvos”, diz o músico ao i, sem vestir a pele do político.

Mas… será que José Cid aceitará integrar as listas de deputados do ‘Nós, Cidadãos’ para a Assembleia da República? “Com certeza que sim”, responde. “Apesar de a minha carreira estar intensíssima, quero ser útil ao meu país”, acrescenta Cid, demonstrando o estilo patriótico que um bom político nunca dispensa.

Apesar de tudo, o músico prefere não trocar os palcos pelo Parlamento. Vê-se antes como “uma reserva moral” e “um objetor de consciência”.

“Queremos aproveitar as boas ideias na esquerda portuguesa, no PS, no PSD, no CDS e nos Verdes. Vamos buscar as boas ideias a esses partidos e combater as más ideias que têm. Não vamos ser contra ninguém”, promete.

José Cid vê metade da população portuguesa afastada das urnas e a metade que vota está “dececionada”. “Vai rever-se em nós”, diz o compositor, que acredita num bom resultado eleitoral.

O ‘Nós, Cidadãos’ é um “partido de pessoas honestas” que pode um dia chegar ao poder. E Cid faz uma promessa ao estilo de António José Seguro.

Se o atual secretário-geral do PS promete demitir-se se tiver de subir impostos, José Cid garante que os dirigentes do ‘Nós, Cidadãos’ aceitam “ser presos” se não corresponderem aos anseios das populações.

Este é mais um projeto de cidadania, que promete afrontar o sistema político português, cada vez mais ‘refém’ da força das personalidades, capazes de ‘destruir’ maiorias e, até, vencer eleições.

Foi assim nas autárquicas, onde Rui Moreira, por exemplo, destronou o PSD da Câmara do Porto. Foi assim com Marinho Pinto, eleito eurodeputado, graças ao seu mediatismo, muito mais do que à ajuda do partido que o suportou.

As próximas Legislativas prometem esclarecer qual a realidade que espera os partidos, mas podem também demonstrar se a máquina desses mesmos partidos é ou não capaz de esmagar a força da cidadania ativa.

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